O Brasil é um país pluricultural; [vírgula] diversificado por várias etnias e dialetos e, por este motivo, é também compreendido por diversos preconceitos que se possa imaginar. O preconceito linguístico, de fato, não deixar de se enquadra [ deixa de se enquadrar] neste dilema de ignorância e intolerância por parte dos falantes das variedades mais prestigiadas.
A noção de língua padrão se dá desde tempos remotos no mundo ocidental. Foi normatizada a língua neste período, particularmente na cidade de Alexandria, para poder fazer uma distinção das pessoas naquela época que poderiam fazer parte significativa da política, questões sociais, culturais, entre outros. Com efeito, estas ações que não deixam de ser preconceituosas, penduram [perduram] nas sociedades atuais até hoje. Há a necessidade de se compreender que houve a unificação da língua sim, mas as formas de falar continuam as mesmas, principalmente os diversos dialetos que cada região do nosso País possui.
Marcos Bagno nos diz que “só há língua se houverem seres humanos que a falem”. Partindo deste princípio, não se pode em nenhuma hipótese excluir a comunicação e a cultura lingüística [linguística] da população mais estigmatizada da nossa sociedade.
O preconceito linguístico esta [está] cada vez mais sendo banalizado pela sociedade; a própria constituição que nos diz que todos nós somos iguais perante a lei, é redigida por um vocabulário que apenas uma minoria da sociedade mais letrada pode compreender. Os meios de comunicação, por sua vez, vêm contribuindo bastante neste dilema; atualmente vê-se programas de humor, novelas e filmes que discriminam os indivíduos por não falarem “correto”.
Diante do exposto, é relevante que nos conscientizemos como nos diz Marcos Bagno, que “a língua é um fenômeno dinâmico e cultural”, porém, não podemos continuar a alimentar e cultivar este velho e persistente preconceito linguístico contra a nossa própria variedade lingüística.
Comentários do corretor
Você trouxe colocações pertinentes em torno de suas ideias sobre o tema. Muito bom! Para ir além do esperado e do senso comum, procure realizar um melhor trabalho com os recursos argumentativos (citação, ironia, comparações, contraposições, fatos, dados, exemplos, retrospectivas históricas etc.) Leia e produza sempre!
Competências avaliadas
| Item | Nota | |
| Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 1.5 |
| Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
| Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
| Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
| Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.5 |
| NOTA FINAL: | 7.5 | |
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| 0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |