Uma língua, infinitas maneiras de usar - Banco de redações

Todo ser vivo se comunica, entretanto, apenas o ser humano possui faculdades mentais para elaborar complexos sistemas de escrita. Passados milhares de anos após o surgimento da escrita e o desenvolvimento de sua multiplicidade, apresenta-se um problema para a sociedade brasileira: Existe o falar certo ou errado?
Como se sabe  a língua faz parte da estrutura de comunicação do homem, este por sua vez sempre se divide em estamentos, castas ou classes sociais. É impensável [vírgula]  portanto, que esta estratificação não gere diferenciações no modo de fazer uso da língua. Em um país como o Brasil, as diferentes classes sociais e suas respectivas variantes linguísticas descendem desde a chegada dos portugueses, seguidos de africanos, e outros povos.
A questão do certo e do errado com relação a [à] língua, surge muitas vezes como instrumento de exclusão social, os que fazem uso formal da língua, sempre são vistos como detentores da cultura, isto por terem frequentado por mais tempo a escola, enquanto os que não fazem o uso formal da língua, nem sempre tem ao menos o direito de falar.Segundo Gilberto Freyre, em Casa-Grande e Senzala, constata que a riqueza cultural do povo brasileiro provém da miscigenação.
Portanto, o erro linguístico se apresenta muitos mais como um enquadramento dos padrões eleitos por determinado grupo, cujo desejo de se afirmar mais forte perante os demais acaba restringindo o desenvolvimento pleno e sem barreiras das relações inter-sociais.