Os olhos que ainda são verdes - Banco de redações

Em nome do progresso, destroem-se cega e indiscriminadade matas,raridade do mundo atual, preciosidade legada pela natureza. Em nome do progresso humano, do progesso energético, do progresso urbano, o mundo vai sendo progressivamente demolido.

Um dos poetas brasileiros que por meio da ficção lamentou o lado destruidor da humanidade foi Monteiro Lobato no conto "O Jardineiro Timóteo". O autor questiona a modernização, aquela que distroe sem critérios. Expõe a substituição de um jardim com aspectos antiquados por aspectos hodiernos. É o mesmo que aconteceu no séc. XVI aqui no Brasil [vírgula] fazendo os europeus extrairem [extraírem] ilegamente o pau-brasil, fato que istigou [instigou] a atual destruição dos bimoas brasileiros e substitui o verde das matas pelo cinza, o qual é predominante no céu, nos edifícios, no asfalto. Foi esta substituição que classificou a Amazônia e o Cerrado nos mais importantes hotspots do planeta.

Nesse sentido, percebe-se que o desenvolvimento ocorreu por trás da destruição. Porém, será que adiantou? Desgraçadamente, assisto,impassível, às novas invenções criadas a partir da inteligência humana. Mas por que desgraçadamente? Por causa das serras elétricas que destroem áreas verdes; de fontes "sujas" para geração de energia, como as usinas nucleares; de bombas e outros mecanismos capazes de destruírem imediatamente um só lugar. Assim, não vale a pena o títalo [título] de "país desenvolvido" ou de "superpotência mundial" se este é o principal veículo de destruição do planeta, uma vez que devasta seus próprios ambientes naturais para crescer e depois vai em busca de outros países para explorar.

Fatos como esse sucedem contantemente com o Brasil, sendo o agronegócio o principal responsável pela destruição do país.Os europeus querem carne, os chineses soja, os estadunidenses etanol. Estaria mais do que na hora de mudar esse panorama devastador. Os países deveriam se unir para investirem em intelectualidade para criação de tecnologias capazes de aliviarem o aquecimento global, capazes de modificarem o cenário cinza que pincela o mundo, que adoece as pessoas, os animais, as plantas. Deveriam investir no Movimento Verde para convencer o homem a modificar seu comportamento, adotando um rigoroso controle preservacionista. A procura por fontes "limpas" e renováveis de energia também seria necessária. A maioria da população sabe que o planeta está adoecendo, mas poucos são os que se mobilizam. Segundo, pois, uma pesquisa feita pelo Programa de Mudanças Climáticas da Universidade de Yale, nos EUA, mais de 75% dos brasileiros estão conscientes do aquecimento global.Entretanto, é preciso muito mais do que ser consciente, é preciso investir nos meios de amenizar o problema.

O desequilíbrio ecológico é real, sensível. A atmosfera já não é mais tão saudável quanto antes. O cinza gera mais cinza. A pergunta que fica é: onde está o verde das cidades? onde está o azul do céu? Também o céu é cinza. Verde? Ah! Ia esquecendo... Há verde sim, muito verde! Há verde em todas as esquinas, nos sinais luminosos. Somente nos olhos da cidade o verde progrede.