De acordo com o artigo segundo do inciso XX da Lei Federal do Estatuto da Cidade, as cidades devem garantir a promoção de conforto, bem-estar e acessibilidade nos demais espaços públicos, contrapondo com técnicas construtivas hostis que tenham como objetivo o afastamento de pessoas em situação de rua, idosos, jovens e outros segmentos da população. Além de contrariar uma lei, a arquitetura hostil é uma barreira física que reflete em barreiras sociais, uma vez que segrega a população. Situações que agravam o problema são as construções que inviabilizam propositalmente o local de descanso de desabrigados e a carência de empatia por parte de grupos para com os mesmos. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)
Primordialmente, é fato que algumas cidades excluem moradores de rua por os verem como insignificantes e desconexos com a sociedade, praticando, assim, a aporofobia, que consiste na aversão à pessoas em situação de pobreza ou miséria. Sob essa ótica, foram planejados e construídos meios de afastar quem lhes parece indesejado, como bancos públicos com divisórias para que não haja forma de se deitar, pedras pontiagudas postas sob viadutos, o uso excessivo de grades e cercas, pinos em fachadas de lojas, dentre outros. Para muitos, ações como essas são uma maneira de tornar as cidades mais seguras para a população.
(Boa estratégia coesiva) Ademais, todas essas práticas revelam uma regressão social, uma vez que são elaboradas com o intuito de ocultar a realidade de muitos brasileiros que não tiveram a oportunidade de dignificar suas vidas e tampouco obter um futuro decoroso; (Sem ponto e vírgula) é um reflexo de como, na contemporaneidade, esconder um problema torna-se mais fácil do que resolvê-lo com medidas promissoras que realmente apresentem mudanças eficazes.
(Boa estratégia coesiva) Mostra-se necessária, portanto, a inclusão de indivíduos em situação de vulnerabilidade nos espaços públicos para coibir a desigualdade social e devolver a real noção de cidadania ao povo, ação a ser promovida por meio do Governo Federal a partir da remoção de artifícios que delimitam o acesso de quem precisa, prover assistência física e psicológica para moradores de rua e realizar ações preventivas. (Proposta incompleta. Parágrafo frasal)
Comentários do corretor
Delimite e explore mais as discussões. Mantenha os aspectos positivos.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 200 | Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 160 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 120 | Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 120 | Nível 3 - Elabora, de forma mediana, proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 800 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |