[Sem título] - Banco de redações

O livro "O Cidadão de Papel", de Gilberto Dimenstein, trata da violação de diversos direitos garantidos constitucionalmente aos cidadãos. Analogamente, a crítica do autor pode ser verificada na arquitetura hostil, uma vez que muitas pessoas são excluídas de determinados espaços públicos, com seus direitos vilipendiados. Nesse sentido, é pertinente analisar o silenciamento e a insuficiência legislativa como pilares dessa problemática. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)

Diante desse cenário, é notório que a falta de debate é um fator determinante para a persistência do problema. Segundo Djamila Ribeiro, é necessário tirar uma situação da invisibilidade para que soluções possam ser propostas. No entanto, há um silêncio instaurado em torno do design hostil, visto que pouco se discute sobre o tema nas escolas e na mídia de massa, o que contribui para a invisibilização dessa exclusão social, agravando os índices dessas construções, com consequências sérias. Assim, torna-se urgente romper esse silêncio.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, é evidente que a ineficácia legislativa influencia fortemente na consolidação dessa problemática. De acordo com Maquiavel, “mesmo as leis mais bem ordenadas são impotentes diante dos costumes”. De fato, tal impotência é notória no que diz respeito à arquitetura hostil, que, apesar de criminalizada por lei, persiste devido à falta de fiscalização e de punição adequadas, permitindo que os criadores permaneçam impunes e que as vítimas continuem expostas a situações de exclusão. Dessa forma, é essencial fortalecer a base legal para que esse impasse seja resolvido.

(Boa estratégia coesiva) Portanto, faz-se necessária uma intervenção pontual. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Cidadania, por meio de uma campanha nacional, promova a divulgação de vídeos informativos sobre a arquitetura hostil e as formas de combatê-la, a fim de reverter o silenciamento em torno do tema e reduzir o número de pessoas em situação de censura. Essa ação deve ser veiculada em redes de televisão aberta e nas plataformas digitais do governo. Paralelamente, é urgente intervir sobre a ineficiência legislativa. Dessa forma, a cidadania poderá, finalmente, sair do papel e se tornar uma realidade. (Proposta completa)