Arquitetura hostil: um debate importante sobre essa forma de exclusão social - Banco de redações

Em Nova Iorque nos EUA, alguns bancos públicos são feitos propositalmente retorcidos de modo que seja desconfortável dormir neles, em Paris as bancadas das lojas possuem estruturas espinhosas com o mesmo objetivo, e tais estruturas também se encontram embaixo das pontes da cidade de São Paulo. Tal arquitetura tem como objetivo de expulsar as pessoas em situação de rua destes locais para que não “espantem” os turistas. Estruturas essas que são uma afronta à dignidade humana, e que negam direitos básicos humanas, e tais estruturas que somente existem por conta da neglicencia estatal, tanto no quesito de auxiliar as camadas mais vulneráveis da sociedade, quanto em punir os praticantes de tal arquitetura. (Ótima contextualização)

Nesse contexto é necessário, primeiramente, reconhecer as situações vividas pelas pessoas em situação de rua. Segunda a ilustre filósofa Djamila Ribeiro, para se remediar um problema, deve-se, antes, torná-lo visível. No entanto, de forma destoante ao pensamento da filósofa, as condições precárias dos pedintes são constantemente ignoradas, e tais pessoas são “jogadas para debaixo do tapete” pela sociedade, que em vez de os ajudarem, os expurgam para locais menos turísticos e movimentados, por meio de uma arquitetura desumana. (Melhore a apresentação da discussão)

(Boa estratégia coesiva) Além disso, diversas empresas que praticam tais atos não enfrentam nenhum tipo de consequência, tanto social, quanto jurídica. Segundo a filósofa alemã Hannah Arendt, ocorreu por todo o mundo uma banalização do mal, onde práticas que antes eram abomináveis passaram a ser consideradas aceitáveis. De forma semelhante ao pensamento da intelectual, práticas desumanas como a implantação de espinhos nas bancadas dos estabelecimentos e embaixo de pontes foram normalizadas, e seus praticantes nem ao menos são questionados quanto a esta escolha moral. (Melhore a apresentação da discussão)

(Boa estratégia coesiva) Portanto se faz-se necessário a ação imediata do Estado em relação aos fatos apresentados. O Estado deve criar programas de auxílio às pessoas em situação de rua, por meio da contratação de agentes sociais que conversem com os transientes e os levem para centros de cuidados e ressocialização, além disso, a Câmara de Deputados deve criar projetos de lei que busquem fiscalizar e punir locais que pratiquem a arquitetura hostil, além da criação de um canal digital dedicado a denúncias anônimas feitas pela população. Além disso propagandas e palestras devem ser feitas com o objetivo de conscientizar a população sobre a arquitetura hostil, para que assim a exclusão social de moradores de rua seja enfraquecida. (Proposta completa)