Arquitetura hostil: um debate importante sobre essa forma de exclusão social - Banco de redações


Arquitetura hostil: um debate importante sobre essa forma de exclusão social

Enviada em: 22/10/2024

Status:

Corrigida
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“A vida é feita de escolhas.” Essa frase do cantor e compositor Seu Jorge ressoa profundamente no contexto das cidades brasileiras, onde a arquitetura hostil se impõe como uma escolha que marginaliza grupos vulneráveis, como pessoas em situação de rua, jovens skatistas e moradores de áreas periféricas. Essa prática, frequentemente justificada como uma medida de segurança e controle, expõe uma falta de compromisso das autoridades em assegurar espaços públicos inclusivos. Assim, é essencial explorar as raízes dessa problemática, que se manifestam na ausência de políticas públicas eficazes e na visão distorcida sobre o papel do espaço urbano na sociedade. (Ótima contextualização)

Primeiramente, a negligência governamental em criar um planejamento urbano inclusivo é um fator crucial para a perpetuação da arquitetura hostil. De acordo com o urbanista Jan Gehl, “as cidades devem ser projetadas para as pessoas”. Entretanto, muitos gestores urbanos desconsideram as necessidades de todos os cidadãos, especialmente dos mais vulneráveis. A instalação de obstáculos em áreas públicas, como bancos com divisórias ou a proibição de atividades recreativas, revela uma indiferença à diversidade da vida urbana. Por exemplo, em várias cidades brasileiras (Dê exemplos), o uso de pontes e escadas com superfícies irregulares visa evitar que pessoas em situação de rua se acomodem, mas isso também prejudica jovens skatistas que utilizam esses espaços para praticar seu esporte. Essa falta de sensibilidade resulta em ambientes que não apenas excluem, mas também reforçam a invisibilidade de quem mais precisa de apoio, perpetuando um ciclo de marginalização.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, a mercantilização do espaço urbano contribui para essa situação crítica. Ao priorizar áreas comerciais e o lucro, as autoridades ignoram a importância dos espaços públicos como locais de convivência e socialização. Essa perspectiva é criticada pelo sociólogo Henri Lefebvre, que defende que a cidade deve ser um espaço de direito para todos. Contudo, a arquitetura hostil transforma o espaço urbano em um território restrito, onde apenas aqueles que podem pagar têm acesso. Por exemplo, o fechamento de praças para eventos privados limita o uso de áreas que deveriam ser acessíveis a todos, excluindo pessoas em situação de rua e jovens skatistas, que, ao serem deslocados de áreas que poderiam ser utilizadas para o lazer e a expressão cultural, se tornam invisíveis nas cidades. 

(Boa estratégia coesiva) Portanto, infere-se que é imperativo reverter essa situação. Para isso, o governo federal, como agente responsável pelo bem-estar social, deve implementar um programa de revitalização de espaços públicos que priorize a inclusão. Esse programa deve, por meio de parcerias com urbanistas e as comunidades locais, transformar estruturas excludentes em áreas de convivência, como praças e equipamentos de lazer acessíveis. Além disso, campanhas de conscientização devem ser realizadas em escolas e comunidades, com o intuito de educar a população sobre a importância de um espaço urbano inclusivo e o direito à cidade para todos. Dessa forma, ao promover a requalificação dos espaços públicos, será possível combater a arquitetura hostil e construir cidades mais justas e acolhedoras. Assim, como propõe Seu Jorge, pode-se garantir que as escolhas feitas na urbanização conduzam a um ambiente onde todos possam viver e conviver em harmonia. (Proposta completa)

Comentários do corretor


Mantenha os aspectos positivos. Lembre-se: há um limite de 30 linhas para desenvolver as discussões. Não deixe de exercitar a sua escrita. 


Competências avaliadas


Competência Nota Motivo
Domínio da modalidade escrita formal 200 Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência.
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa 200 Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista 160 Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista.
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação 200 Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos 200 Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
NOTA FINAL:     960


Veja abaixo a nota relacionada a cada nível
Nível 0 Nota 0
Nível 1 Nota 40
Nível 2 Nota 80
Nível 3 Nota 120
Nível 4 Nota 160
Nível 5 Nota 200


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Novo método de correção de redação criado pelo Brasil Escola , que utiliza Inteligência Artificial para avaliar seu texto.
Aviso de responsabilidade: Este serviço utiliza inteligência artificial fornecida pela OpenAI e está em fase de testes. Embora a avaliação possa ser útil, há a possibilidade de imprecisões e erros, portanto, não podemos garantir total precisão na avaliação fornecidas. Por favor, use as informações fornecidas com critério e sempre verifique com fontes adicionais antes de tomar qualquer decisão importante.
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Competência Nota Observações
Competência 1 200 Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos.
Competência 2 200 Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo, e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo.
Competência 3 160 Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista.
Competência 4 200 Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
Competência 5 200 Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
Nota final 960 Excelente trabalho! A redação está dentro dos padrões de excelência do ENEM, apresentando uma argumentação clara e bem fundamentada, além de uma linguagem adequada e rica em recursos. Parabéns pela conquista!
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