Sobre a Arquitetura Hostil - Banco de redações

A arquitetura hostil é uma forma de arquitetura que tem como finalidade tornar desconfortável o uso de, por exemplo, bancos ou praças como lugares para se deitar. Dessa forma, esse tipo de design acaba por excluir socialmente aqueles já marginalizados da população, que são, principalmente, pessoas em situação de rua. Logo, é necessário discutir sobre essa problemática e suas causas, que são a maximização do capitalismo e a inércia estatal. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)

Nesse contexto, a maximização do capitalismo diz respeito ao ápice do sistema econômico capitalista, ou seja, ao extremismo de um sistema que, dentre muitas características, valoriza a propriedade privada e o lucro. Assim, por conta da ambição pelo lucro, as corporações não se importam de expulsar desabrigados em ordem de elevar o valor estético de um local. (Truncamento)Tal como no Holocausto, período marcado pela segregação ética e racial de judeus e alemães. Na época, a população judia foi massacrada pelos soldados nazistas, que acreditavam na supremacia ariana, em outras palavras, num valor estético. De forma análoga à História, a arquitetura hostil impulsiona a segregação de diferentes grupos sociais através da preferência pela experiência da beleza artificial por parte das empresas, isolando os mais favorecidos economicamente dos indivíduos em situação de rua e, consequentemente, dessa realidade que precisa ser enfrentada.

(Boa estratégia coesiva) Além disso, a inércia estatal atua como potencializador desse entrave, já que, por meio da falta de proatividade do Estado, não são criadas leis que proíbam a construção dessa forma de design (Reveja essa informação). Semelhante à realidade, a história em quadrinhos Innocent, de Shinichi Sakamoto, exemplifica o que é a inércia por parte do Estado. Na obra, qual se passa durante a Revolução Francesa, a aristocracia demorava a atender as necessidades populacionais para viver uma vida luxuosa, fato que desencadeia uma revolta. Tanto na ficção quanto na vida real, o regime falta com responsabilidade para com as minorias invisibilizadas da sociedade, excluindo-as por meio da negligência dos seus direitos humanos, o que se torna evidente com a implementação atual da arquitetura hostil.

(Boa estratégia coesiva) Portanto, é imprescindível que o governo - instituição política que exerce o Poder Executivo e administra o Estado - garanta o acesso livre da população em situação de rua a qualquer espaço que tenha direito, por meio de projetos de leis que visem impedir a utilização da arquitetura hostil em espaços públicos. Dessa maneira, tanto a maximização do capitalismo quanto a inércia estatal serão resolucionadas, permitindo que grupos excluídos socialmente desfrutem de seus direitos humanos no espaço público. (Proposta completa)