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O reconhecimento da união homoafetiva representa mais um avanço para a sociedade brasileira, pois garante o respeito aos direitos dessa minoria, a qual sofreu perseguições e injustiças ao longo da História humana, por ser considerada “diferente”. Além do mais, mostra quão é importante e sólida a democracia existente no Brasil.

Houve uma época em que praticar o homosexualismo era considerado um pecado mortal, muitas pessoas foram queimadas nas fogueiras da Inquisição. Com o advento do Estado moderno e a separação deste da Igreja, diminuíram as perseguições oficiais aos praticantes de relacionamentos homoafetivos.

Por outro lado, isso não garantiu que os direitos dessas pessoas fossem reconhecidos e respeitados, porque a discriminação ainda é latente. Sendo imperante e necessário a adoção de leis que possibilitem direitos igualitários para todos, independentemente de qualquer opção sexual. Nesse sentido, fica clara a importância do reconhecimento da união de pessoas do mesmo sexo, por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).

Essa decisão pode ser considerada um marco na História do Brasil, pois evidencia a separação dos poderes e destaca a conquista de direitos de minorias que em outras épocas foram suprimidos, por razões religiosas ou de intolerância com o “diferente”. Além disso, garante um princípio expresso na Constituição Federal (CF/98), de que “todos são iguais perante a lei” e, portanto, devem ter direitos e deveres também iguais.

Sendo assim, a democracia brasileira mostra para o mundo a sua importância ao avançar na superação de injustiças que foram criadas ao longo da História da humanidade. Diante disso, espera-se que a fogueira utilizada pela Inquisição para impor a visão cristã-europeu-ocidental na época em que o Estado estava ligado a Igreja, seja usada na contemporaneidade para queimar o preconceito e as discriminações com os “diferentes”, como no exemplo dado pela Corte Suprema brasileira no caso discutido.