[Sem título] - Banco de redações

A arquitetura impacta diretamente na vida das pessoas por ser a área que concede e constrói espaços de uso coletivo. Seguindo esse princípio, é comum pensar que esses espaços são pensados em permitir o acesso e a comodidade do maior número possível de pessoas em suas diversas situações sociais, porém, nota-se nas cidades um recurso arquitetônico controverso crescente que tem a finalidade de fazer o oposto da acessibilidade. O termo arquitetura hostil foi utilizado pela primeira vez em 2014 em uma reportagem do jornal britânico The Guardian. (Formule a tese)

Esse tipo de arquitetura utiliza um desing urbano que inibe o uso dos espaços públicos por determinados grupos , especialmente aqueles em situação de rua. Exemplos comuns são bancos com divisórias que impedem que pessoas se deitem e parapeitos com pinos ou pontas de metal que impedem que alguém sente neles. Além de inibir a permanência das pessoas, esse recurso demonstra um certo desprezo pela diversidade social e promove a exclusão e afeta o convívio da comunidade. (Explore de modo produtivo)

(Melhore a estratégia coesiva) Os impactos negativos da arquitetura hostil podem ser profundos por reforçarem preconceitos ao pontuar que os indivíduos em situações de rua que utilizam esses espaços são indesejáveis. Além disso, a criação de vínculos sociais torna-se limitada com a criação de elementos arquitetônicos que afastam e causam desconforto nas pessoas. Essa é uma situação que precisa ser revista antes que os impactos tornem-se irreversíveis. Uma importante decisão legislativa foi a Lei nº 14.489/2022, chamada de Lei Padre Júlio Lancellotti, que proíbe a arquitetura hostil. Com a lei em vigor, as práticas de arquitetura hostil são oficialmente proibidas, mudando a maneira como os espaços públicos são projetados e utilizados.

(Melhore a estratégia coesiva) A arquitetura hostil revela muito sobre as prioridades sociais e os conflitos no design e uso de nossos espaços públicos. É evidente que as implicações éticas e sociais desse recurso são profundamente preocupantes. Felizmente, a consciência sobre as questões da arquitetura hostil está crescendo, tanto entre os profissionais do urbanismo quanto entre o público em geral. Contudo, o combate à arquitetura hostil não deve ser apenas uma questão de design ou de legislação, mas também deve abordar as raízes socioeconômicas da exclusão e marginalização. Isso pode incluir a adoção de políticas de habitação mais inclusivas, o combate à pobreza, e a criação de mais espaços de lazer. (Não apresentou a proposta propriamente dita)