De acordo com a obra "Eichmann em Jerusalém", da filósofa Hannah Arendt, o termo "Banalidade do Mal", retrata a passividade quanto aos impasses que assolam a sociedade. Analogamente, fora da ficção, percebe-se que a importância do debate sobre a arquitetura hostil para o entendimento dessa forma de exclusão social é ausente na nação. Logo, torna-se urgente analisar as principais causas dessa problemática: a omissão estatal é a intensificação da desigualdade social. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)
Percebe-se, a princípio, que a negligência estatal possui íntima relação com o revés. A respeito disso (Vírgula) cada citar que, segundo Noberto Bobbie, expoente filósofo italiano, as autoridades devem não apenas ofertar benefícios da Lei mas também garantir que a população usufrua deles, na prática. Por essa ótica, fica clara perceber que a arquitetura hostil é um impasse, acarretando impactos, como a exclusão de uma parcela da sociedade bem como a falta de garantia do direito aos espaços públicos. Sendo assim, enquanto o descaso estatal se mantiver o conceito evidenciado por Bobbie, estará fora da realidade da nação.
(Boa estratégia coesiva) Ressalta-se, ademais, que a permanência da desigualdade social é um fator que contribui para intensificação do problema. Nesse sentido, conforme a socióloga Nascy Frases (Vírgula) a justiça social será somente alcançada quando (e se) a inclusão de todas as classes no exercício da cidadania for efetiva. Sob esse viés, a ideologia de Nascy, embora seja ideal para o Brasil, representa uma realidade distante, sobretudo no que refere à criação de barreiras arquitetônicas, exemplificada pela ausência de acesso igualitário de diferentes classes. Desse modo, se a desigualdade social se mantiver, grande parte da população ainda será afetada com tal mazela social.
(Boa estratégia coesiva) Infere-se, portanto, a necessidade de mitigar a exclusão social por meio da implementação da arquitetura hostil no Brasil. Para isso, o Ministério da Cidadania — órgão responsável pelas políticas públicas — deve ampliar o acesso igualitário a ambientes públicos, por meio de projetos sociais inclusivos, a fim de minimizar os impactos dessa nova forma de design. Paralelamente, a mídia precisa conscientizar a população sobre a arquitetura hostil e seus impactos, por intermédio de campanhas publicitárias em redes oficiais do governo. Por conseguinte, uma sociedade daquela próxima do que é citada por Hannah, não mais existirá. (Proposta completa)
Comentários do corretor
Mantenha os aspectos positivos. Bom estudo!
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 160 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 920 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |