A Constituição Federal de 1988 — norma de maior hierarquia no sistema jurídico brasileiro — prevê que todos os cidadãos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer gênero. Todavia, tal legislação não existe na prática, haja vista que indivíduos em situação de rua sofrem com o rompimento de seus direitos, no que tange a plena utilização de ambientes públicos. Nesse cenário, deve-se analisar como o legado histórico e a invisibilidade do tema agravam essa problemática. (Muito bem. Formulou a tese)
A princípio, nota-se que a construção da história brasileira foi marcada pela exclusão das minorias sociais. No período posterior à abolição da escravatura, foi promulgada a Lei da Mendicância, medida que impedia o acesso de ex-escravizados aos centros urbanos, para evitar que denegrissem o local pedindo esmolas. De modo análogo, perpetua-se essa visão higienista, já que elementos arquitetônicos hostis têm sido instalados em espaços públicos, com o intuito de excluir mendigos e, consequentemente, evitar danos à imagem do local. (Explore de modo mais produtivo)
(Boa estratégia coesiva) Ademais, percebe-se que, devido à falta de questionamentos, a população brasileira normalizou o uso de elementos segregadores — como separadores de bancos, pinos pontudos, pedras pontiagudas, dentre outros — na paisagem urbana, e não considera isso um problema. De acordo com a filósofa brasileira Djamila, para solucionar uma mazela social deve-se, primeiramente, tirá-la da invisibilidade. Logo, mesmo que medidas estatais sejam tomadas, é fundamental o reconhecimento de que a arquitetura hostil é um crime preocupante e precisa ser denunciado.
(Boa estratégia coesiva) Portanto, diante dos desafios mencionados, urge a ação conjunta do Estado e da sociedade para mitigá-laos. Nesse âmbito, cabe ao Ministério da Educação ensinar aos cidadãos ideais contrários à exclusão social, por meio da promoção de palestras on-line, a fim de romper com a mentalidade preconcetuosa. Outrossim, é dever do Ministério das Comunicações propagar as leis vigentes que proíbem a arquitetura hostil, através da veiculação de anúncios nas mídias digitais, com a finalidade de conscientizar a população da importância de denunciar esse crime. Desse modo, pessoas em situação de rua terão seus direitos respeitados como previsto na Constituição. (Proposta completa)
Comentários do corretor
Mantenha os aspectos positivos. Bom estudo.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 200 | Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 960 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |