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Arquitetura hostil: um debate importante sobre essa forma de exclusão social

Enviada em: 11/10/2024

Status:

Corrigida
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Na literatura de Mário Cortella, é contemplada a ideia de que a concordância faz com permaneçamos estacionados e a discordância faz com que cresçamos.
Todavia, ao relacionar tal raciocínio no contexto brasileiro, nota-se a falta desse reconhecimento quando a arquitetura hostil é algo vigente e um obstáculo no país.
Isso porque, em razão da segurança ser uma preocupação constante no mundo e da aporofobia, a população tornou-se acomodada e despreocupada com a situação, permitindo a ocorrência da problematiza e contrariando, infelizmente, a concepção de Cartella. (Reestrutrue a discussão)

Nesse contexto, cabe expor o fato do medo que os indivíduos sentem, a percepção de não estarem seguros, nem em suas próprias residências, o que acaba enfatizando a constância e a ideia de que ao “cercarem” tudo ao redor farão estarem seguros. (Parágrafo frasal)

De acordo com o filósofo polonês Zygmunt Bauman: “ não são as crises que mudam o mundo, e sim, nossa reação diante delas”. Analogamente, percebe-se que as reações humanas, frente a arquitetura hostil, são firmadas em passividade e negligência, porque não há uma atuação assertiva, nem o fomento que possa mitigar a insegurança no país.
Desse modo, a arquitetura hostil permanece em evidência, apesar de ter surgido como uma forma de minimizar as preocupações da população, buscando uma forma de minimizar os riscos e s maximização da segurança, acaba, infelizmente, acentuando a criação de um ambiente desagradável e opressivo, pois muitos indivíduos em situação de rua utilizam ambientes públicos para se abrigarem, tais como: banco de praças, calçadas, estacionamento, etc. Projetar uma arquitetura hostil, muitas vezes, estará retirando o lar de alguém. (Melhore a apresentação dessa discussão)

No entanto, este é o problema: em virtude da aporofobia — hostilidade aos pobres e a pobreza—, consequentemente, a inércia governamental diante do problema, o sujeito não é capaz de questionar as ambiente que vive e ao redor, pois, se tornou situações cotidianas, e logo, “normativas”. É essencial, portanto, atenuar o impasse.

A fim de acabar com a arquitetura de hostilidade, os dispositivos constitucionais precisam ser efetivamente cumpridos, em especial o direito à moradia —como esta preciso no artigo 6 da Constituição da República, moradia é um direito social—, desse modo, cabe ao Ministério das Cidades viabilizar a locação social, por mero de política habitacional empreendida entre o Estado e iniciativas privadas, para que famílias vulneráveis possam ocupar imóveis vazios ou subutilizados, uma vez que o saldo de imóveis vazios — construído com planejamento financeiros a longo prazo, subsidiado pelo Estado —, é suficiente para abrigar todos em vulnerabilidade social.

Isso feito, a arquitetura hostil dará lugar a um novo design urbano e as pessoas, ora em situação de rua, terão resguardados os direitos constitucionais, e dessa forma, é possível também que a ideologia de Cortella seja cumprida e exercida no país.

Comentários do corretor


Delimite e explroe as discussões de acordo com a estrutura do texto. Bom estudo. 


Competências avaliadas


Competência Nota Motivo
Domínio da modalidade escrita formal 160 Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita.
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa 160 Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista 120 Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista.
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação 160 Nível 4 - Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos 200 Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
NOTA FINAL:     800


Veja abaixo a nota relacionada a cada nível
Nível 0 Nota 0
Nível 1 Nota 40
Nível 2 Nota 80
Nível 3 Nota 120
Nível 4 Nota 160
Nível 5 Nota 200