PS: Arquitetura hostil - Banco de redações

De acordo com a filósofa alemã Hannah Arendt, "A Condição Humana", (Sem vírgula) defende que o exercício da cidadania é um dos pilares da vida pública, sendo essencial para construção de uma sociedade justa e democrática. Assim como a obra aborda, a arquitetura hostil é um importante debate quando se trata da exclusão social, uma vez que tal problemática é contrária a uma sociedade igualitária como cita Arendt. Logo, a fim de mitigar esse impasse hão de ser analisados os principais intensificadores da temática em questão: a negligência estatal e a intensificação da desigualdade social. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)

Diante desse cenário, em primeira análise, é pertinente afirmar que a negligência estatal é o sustentáculo central para a incidência da problemática em pauta. A respeito disso cabe citar que, segundo Thomas Hobbes, expoente filósofo inglês, é dever do Estado propiciar meios que auxiliem o progresso de toda coletividade. Por essa ótica, no Brasil hodierno (Vírgula) percebe-se, então, que a implementação da arquitetura hostil em ambientes que deviam incluir toda a coletividade é uma problemática, sendo notório que tais ações dificultam o progresso e inclusão da nação. Consequentemente, enquanto esse impasse for realidade do Brasil a população será obrigada a conviver com essa forma de exclusão social, deixando o papel do Estado evidenciado por Hobbes, (Sem vírgula) fora da realidade contemporânea.

(Boa estratégia coesiva) Outrossim, vale ressaltar que o aumento da desigualdade social é um fator que corrobora a exclusão social. Nesse sentido, na música "Cidadão", do cantor Zé Ramalho (Vírgula) é abordado em uma crítica a condição do cidadão comum em meio às injustiças e disparidades. Fora da obra, observa-se que a criação dessas barreiras arquitetônicas ampliam as desigualdades e mazelas populacionais, uma vez que põe limites nas áreas ocupadas por pessoas em situações de rua bem como outros grupos sociais, dificultando o acesso de locais públicos. Assim, é necessário atenuar esse contexto de falha de equidade. 

(Boa estratégia coesiva) Portanto, é perceptível a necessidade de combater as falhas na gestão pública, bem como a permanência da desigualdade social. Para isso, o Ministério da Cidadania, órgão responsável pela criação de políticas públicas relacionadas com o desenvolvimento da sociedade, promover a criação de projetos sociais. Isso pode ser feito por meio da implementação de uma política de acessibilidade nas cidades, com a finalidade de sanar as disparidades democráticas nos ambientes sociais, como nas cidades, assim, a população terá acesso a locais públicos e acessíveis. Concomitantemente, a mídia precisa conscientizar a população sobre a arquitetura hostil, por intermédio de campanhas publicitárias que visam ampliar as informações acerca dessa nova forma de design urbano e seus impactos. Por conseguinte, uma sociedade, daquela do que citada por Hannah, será a realidade da nação. (Proposta completa)