[Sem título] - Banco de redações

“Utopia”, a famosa obra do escritor britânico Thomas More, retrata uma sociedade perfeita, livre de mazelas sociais. No entanto, a sociedade brasileira é adversa à retratada na obra, pois pouco se discute sobre a arquitetura hostil, e como ela tem impulsionado a exclusão social. Logo, analisam-se as principais causas dessa conjuntura: a omissão estatal e o egoísmo. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)

Diante desse cenário, percebe-se que a omissão do Estado fomenta a perpetuação da arquitetura hostil no Brasil. Sob essa lógica, Thomas Hobbes, filósofo inglês, destaca a obrigação do Estado em assegurar o bem-estar da coletividade. Todavia, esse preceito não está sendo evidenciado na prática, visto que o governo promove esse tipo de arquitetura, que molda bancos e parapeitos de ambientes públicos com o intuito de serem o mais desconfortáveis possível, para além de afastar moradores de rua, não os deixar dormir nesses locais e, dessa forma, invisibilizá-los. Nesse sentido, ao invés de promover a equidade da população, tais determinações falhas contribuem para exclusão e invisibilização de desabrigados, logo essa postura estatal precisa de solução.

(Boa estratégia coesiva) Outrossim, é possível constatar que o egoísmo da humanidade está intrinsecamente relacionado com a arquitetura hostil. No livro “Virtude do Egoísmo”, Ayn Rand defende que o interesse próprio, quando guiado pela racionalidade, pode ser benéfico, embora muitas das vezes isso resulte em uma visão individualista da sociedade. Partindo desse pressuposto, podemos observar que a ideia da obra vem se propagando na realidade por meio da hostilidade da arquitetura moderna, uma vez que não existe empatia ao projetar espaços públicos que excluem uma minoria moradora de rua, com o intuito somente de mascarar a realidade do triste quotidiano dessas pessoas. Isso ressalta como o egoísmo contribui para a perpetuação desse quadro deletério.

​​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Portanto, cabe que ao governo federal investir uma maior parcela do PIB (Desenvolva a sigla) na criação de leis que proíbam a prática de arquitetura hostil e fomentem a criação de espaços inclusivos, como abrigos voltados para pessoas em situação de rua, dessa forma reduzindo a necessidade do uso da arquitetura hostil. Essa ação ocorrerá por meio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, órgão responsável por elaborar planos e políticas públicas voltadas à inclusão e manutenção dos direitos do cidadão. Tal ação tem por finalidade extinguir o uso da arquitetura hostil e a exclusão causada pela mesma.​​​​​​​ (Proposta completa)