A ausência de pertencimento social - Banco de redações

Arthur Schopenhauer, filósofo Alemão, retrata que o homem pensa que seu próprio campo de visão é o limite do mundo. Dessa maneira, a ausência de informação sobre os diferente cenários torna o indivíduo acomodado e alienado. De maneira análoga, na sociedade contemporânea (Vírgula) essa realidade está presente quando se observa a arquitetura hostil que sugere a seletividade do ambiente destinado à determinados grupos. Nesse viés, torna-se crucial analisar as causas desse revés, dentre as quais se destacam a esfera governamental e social. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)

Em primeira análise, a negligência governamental impulsiona o aumento de problemas com o cenário de exclusão social. Nessa perspectiva, a ausência de projetos estatais que priorizem a assistência e a liberdade à paisagem urbana contribui para a reverberação da segregação de famílias mais pobres. De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, todos os cidadãos têm direitos à igualdade e à dignidade. A partir dessa prerrogativa, é notável que em razão da invisibilidade social gerada pelas barreiras de acesso impacta negativamente o direito à cidade e a democracia, limitando a liberdade individual e tornando os espaços desconfortáveis e menos inclusivos. Diante disso, faz-se necessária a reformulação dessa postura estatal com o intuito que esse cenário de exclusão não continue a perdurar.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, é imperativo pontuar que o setor social proporciona esses transtornos na sociedade. Tendo em vista o comum cenário de exclusão de grupos de pessoas assim como pela falta de pertencimento social, corrobora para a geração de consequências segregacionistas. De acordo com o geógrafo David Harvey, que diz “A gentrificação, construção de condomínios fechados e a ‘Disneyficação’ do espaço contra a falta de moradia bárbara, a falta de habitação a preços acessíveis e degradantes ambientes urbanos para a massa da população”. Por conseguinte, a ocultação desses grupos proporciona seletividade, enobrecimento no local e não-pertencimento total na comunidade. Com efeito, esse indivíduo fica segregado das relações sociais pela prevalência da falta de apoio e interação o que gera transtornos e desigualdade. Logo, é inadmissível que esse quadro perpetue durante o século XXI.

​​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Portanto, dadas as questões anteriormente problematizadas, são necessárias medidas para combater a arquitetura hostil e a exclusão social provocada. Por sua vez, o Estado – principal promotor de regularidade social - deve promover orientação e iniciativas para colaborar no pertencimento social de todos, tendo como objetivo melhorar as relações na sociedade. Por fim, cabe às organizações não-governamentais e âmbitos midiáticos – instrumento de ampla abertura - a fiscalização destas políticas e a realização de medidas que as auxiliem, por intermédio de campanhas e publicidade. Assim, a partir dessas medidas, os indivíduos possam conviver com a uma sociedade bem estruturada e colaborativa, ao contrário do que é retratado por Arthur Schopenhauer. ​​​​​​​(Proposta completa)