Arquitetura hostil: um debate importante sobre essa forma de exclusão social :0 - Banco de redações


Arquitetura hostil: um debate importante sobre essa forma de exclusão social

Enviada em: 02/10/2024

Status:

Corrigida
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A Constituição Federal de 1988 garante que todos somos iguais perante a lei e, em seu Art. 6°, visa garantir os direitos sociais do cidadão como moradia e segurança, sendo estes invioláveis. Sob essa perspectiva, é possível observar que a realidade brasileira ainda se distancia desse ideal social, violando direitos dos cidadãos. Um exemplo disso é a implementação da arquitetura hostil que dificultar a permanência em espaços públicos, essas estruturas dificultam o convívio e reforçam a exclusão social. (Formule a tese)

Em primeiro lugar, é importante destacar que a incorporação de elementos hostis a projetos arquitetônicos em espaços públicos - como bancos, fachadas de prédios, etc.- que visa afastar indivíduos considerados indesejados, e marginalizados, especialmente moradores de rua que buscam abrigo em lugares públicos e são os mais afetados por essas intervenções. No Brasil, de acordo com dados divulgados pelo Ipea (Desenvolva a sigla) em 2022, mais de 280 mil pessoas vivem em situação de rua .O conceito de 'direito à cidade', defendido por teóricos como Henri Lefebvre, reforça que todos os cidadãos devem ter acesso pleno e igualitário aos espaços urbanos. A arquitetura hostil, ao contrário, limita esse direito ao excluir grupos vulneráveis, transformando a cidade em um espaço que não acolhe, mas segrega. Em 2021, o padre Júlio Lancellotti trouxe à tona o debate sobre arquitetura hostil, em manifestação, ao quebrar com golpes de marreta, as pedras instaladas debaixo de um viaduto, em São Paulo. Essas pedras foram posicionadas visando evitar a presença de pessoas em situação de rua dormissem no local. (Delimite as discussões. Argumento pertinente)

(Boa estratégia coesiva) Por conseguinte, esses modelos arquitetônicos também afetam a circulação nas cidades brasileiras e intensifica a sensação de insegurança, impactando de maneira significativa grupos como crianças, idosos e pessoas com deficiência, devido às suas necessidades específicas. Em 2013, o deputado estadual Rasca Rodrigues lançou uma campanha para acabar com o que chamou de "bundródomo", referindo-se a ferros instalados em pontos de ônibus para que os usuários apenas encostassem, sem a possibilidade de se sentar. A falta de acessibilidade adequada, combinada com estruturas pontiagudas, delimitações espaciais agressivas e áreas mal iluminadas, cria obstáculos que limitam o lazer, o convívio social e a prática de atividades por parte de toda a população. Nesse sentido, o filósofo chinês Confúcio já dizia: "não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros". (Melhore a apresentação dessa discussão)

(Boa estratégia coesiva) Portanto, tendo conhecimento da problemática, é urgente que o Estado tome providências para que se concretizem os direitos previstos na Constituição. É necessário que além governo federal e o Ministério da Cidades, é essencial a atuação direta de prefeituras municipais, implementando políticas públicas em seus respectivos territórios em parceria com urbanistas e ONGs (Desenvolva a sigla) que promovem inclusão social, visando modificar as normas de urbanismo e eliminar arquiteturas hostis e promover espaços públicos acessíveis e acolhedores. E por meio da criação de um órgão de fiscalização monitorar e avaliar, assegurando que as normas fossem cumpridas, aplicando sanções a projetos que descumprissem essas normas. O apoio midiático também seria fundamental (Vírgula) por meio de campanhas educativas, televisionadas e nas redes sociais, para sensibilizar a população a reconhecer e denunciar situações de hostilidade arquitetônica, utilizando canais de denúncia online de forma acessível, criados pelo Ministério das Cidades. Apenas assim será possível construir uma sociedade com espaços verdadeiramente inclusivos, levando em conta as necessidades de todos os grupos sociais. (Proposta completa)

Comentários do corretor


Lembre-se: há um limite de 30 linhas para desenvolver as discussões. Mantenha os aspectos positivos. 


Competências avaliadas


Competência Nota Motivo
Domínio da modalidade escrita formal 160 Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita.
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa 160 Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista 120 Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista.
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação 200 Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos 200 Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
NOTA FINAL:     840


Veja abaixo a nota relacionada a cada nível
Nível 0 Nota 0
Nível 1 Nota 40
Nível 2 Nota 80
Nível 3 Nota 120
Nível 4 Nota 160
Nível 5 Nota 200