A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)- a qual reconhece como estável a união homoafetiva- trouxe implícito o debate sobre suas conseqüências na sociedade. Tentar elevar casais homossexuais ao nível de aceitação de heterossexuais é como “o tiro sair pela culatra”. Tal decisão não só desperta intolerância na população, como também torna a relação homossexual estigmatizada.
Desde que a união entre pessoas do mesmo sexo tornou-se corriqueira, surgiu a dúvida sobre qual a reação das pessoas perante o fato. De um lado, homossexuais clamando por mais direitos, de outro, Igreja e conservadores advertindo, conscientemente, sobre futuros desequilíbrios em âmbito social. Impor novo paradigma em uma nação que cresceu fomentando uma cultura que defende a união heterossexual é correr contra o vento. Casais gays, sem dúvida, merecem respeito, todavia, outorgar essa aceitação só desperta discordância na população. Como afirma o filósofo alemão Arthur Schopenhauer: “o que faz um homem envergonha a todos os homens”. Portanto, ser sempre complacente com as decisões governamentais nem sempre é positivo, como nesta situação, em que o benefício concedido aos gays arranha a credibilidade política, aumentando o preconceito da comunidade sobre homossexuais.
Paralelamente á isso, a união homoafetiva, sendo reconhecida por lei, pode ser banalizada, a ponto de influenciar gerações de crianças e adolescentes imaturos para entender a dimensão de uma relação diferente. A população, sobretudo a mais jovem, adere à hábitos e atitudes que a maioria do grupo, da escola ou das ruas tem; ficando suscetível à tendência homossexual. Diz a cultura popular: “a diferença entre o remédio e o veneno está na dose”. Em outras palavras, julgar casais de mesmo sexo é irracional, ao passo que conceder direitos à eles é um acinte ao resto da sociedade, porque ter uma opção sexual diferente da natural não exige legislação também diferenciada. A sociedade deve portar-se mais transparente quando o assunto é a sexualidade individual do cidadão, assim, mais respeito.
Manter uma posição pertinente, sem ferir os direitos individuais é, indubitavelmente, a melhor conduta que o ser humano deve adotar perante a união homoafetiva. Respeitá-la e, ao mesmo tempo, não exaltá-la pode trazer um convívio social mais harmonioso entre sociedade e homossexuais.
Comentários do corretor
Não possui crase
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Competências avaliadas
Item | Nota | |
Conteúdo | Avalia se o texto corresponde às expectativas geradas pela proposta do tema. Assim como no vestibular, aqui a redação que fugir ao tema proposto será anulada | 2 |
Estrutura do texto | Avalia se o usuário consegue fazer uma boa utilização dos parágrafos e dos demais recursos de construção de texto | 1.5 |
Estrutura de ideias | Avalia se o usuário consegue organizar seu pensamento de forma a defender seu ponto de vista e permitir ao leitor a compreensão de seu texto | 1.5 |
Vocabulário | Avalia se o usuário consegue evitar a repetição de palavras durante o texto e compreendê-las, utilizando-as corretamente no que tange ao seu significado | 2 |
Gramática e ortografia | Avalia se o usuário escreve de acordo com as normas ortográficas vigentes no país. | 1.5 |
NOTA FINAL: | 8.5 |
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