Em outubro de 1988, a sociedade brasileira conheceu um dos documentos mais importantes do país: a Constituição Cidadã, cujo teor jurídico garante o direito à saúde, incluindo a saúde mental. No entanto, a negligência em relação à saúde mental dos idosos impede que muitos cidadãos brasileiros usufruam plenamente desse direito constitucional. Com efeito, a solução desse problema pressupõe que se combata não só a falta de serviços especializados, mas também o estigma associado às doenças mentais entre a população idosa. (Muito bem. Formulou a tese)
Diante desse cenário, a negligência na saúde mental fragiliza a dignidade humana dos idosos. Nesse sentido, a Declaração Universal dos Direitos Humanos — promulgada em 1948 pela ONU (Desenvolva a sigla) — assegura que todos os indivíduos têm direito a uma vida digna, a exemplo do acesso a cuidados de saúde mental adequados. No entanto, no Brasil, muitos idosos estão distantes de vivenciar os benefícios previstos pelas Nações Unidas, sobretudo devido ao difícil acesso a serviços de saúde mental. Por exemplo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas 30% dos municípios brasileiros possuem serviços especializados em saúde mental para idosos. Assim, se a invisibilidade dos idosos nesse aspecto persistir, os direitos assegurados em 1948 continuarão sendo privilégios inacessíveis.
(Boa estratégia coesiva) Ademais, a inércia estatal inviabiliza o combate à negligência na saúde mental dos idosos. A esse respeito, Jean-Paul Sartre, em sua obra “O Ser e o Nada”, desenvolveu o conceito de “acomodação social”, segundo o qual alguns temas sociais são excluídos da discussão coletiva e se tornam invisíveis. Sob essa lógica, a saúde mental dos idosos representa um assunto negligenciado, conforme denunciado por Sartre, haja vista a falta de políticas públicas eficazes e o reconhecimento social da importância desse tema. Assim, enquanto a carência de clareza sobre esse problema persistir, o Brasil continuará a conviver com um dos problemas mais graves para os idosos: a perpetuação do sofrimento mental e da exclusão social.
(Boa estratégia coesiva) É urgente, portanto, que medidas concretas sejam adotadas para enfrentar a negligência na saúde mental dos idosos. Nessa perspectiva, o governo federal, em parceria com o Ministério da Saúde, deve implementar ações efetivas, como a criação de programas de atendimento psicológico especializado e o fortalecimento da rede de atenção básica, para facilitar o acesso aos cuidados de saúde mental. Além disso, campanhas educativas e informativas devem ser intensificadas na mídia, visando informar e sensibilizar a população sobre a importância da saúde mental dos idosos e dos direitos a ela associados. Somente assim poderemos superar as barreiras impostas pela falta de reconhecimento e avançar na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva, conforme previsto pelas Nações Unidas. (Proposta completa)
Comentários do corretor
As discussões são pertinentes, no entanto precisam ser exploradas dentro do limite de 30 linhas. Mantenha os aspectos positivos.
Competências avaliadas
| Competência | Nota | Motivo |
| Domínio da modalidade escrita formal | 200 | Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência. |
| Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
| Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
| Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
| Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
| NOTA FINAL: 960 | ||
| Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
| Nível 0 | Nota 0 | |||
| Nível 1 | Nota 40 | |||
| Nível 2 | Nota 80 | |||
| Nível 3 | Nota 120 | |||
| Nível 4 | Nota 160 | |||
| Nível 5 | Nota 200 | |||
Iara - Correção por Inteligência Artificial
| Competência | Nota | Observações |
|---|---|---|
| Competência 1 | 200 | Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos. |
| Competência 2 | 200 | Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo, e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
| Competência 3 | 160 | Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
| Competência 4 | 200 | Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
| Competência 5 | 200 | Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
| Nota final | 960 | Excelente trabalho! A redação está dentro dos padrões de excelência do ENEM, apresentando uma argumentação clara e bem fundamentada, além de uma linguagem adequada e rica em recursos. Parabéns pela conquista! |
