Desafios da inclusão: sobre novas formas de enxergar - Banco de redações

A série da Netflix “Toda luz que não podemos ver”, (Sem vírgula) retrata brilhantemente os desafios de Marie-Laure, uma jovem cega em uma França nazista, e as soluções criativas para lidar com sua deficiência, o que se tornou muito útil para transmitir informações para os aliados utilizando um livro em Braille. Assim como na trama, os desafios para a inclusão de deficientes visuais, (Sem vírgula) são inúmeros na realidade brasileira, sobretudo na educação. Dentro disso, destacam-se: o escasso investimento na estrutura escolar e a precária capacitação profissional e preparação educacional, como principais obstáculos para acolher esse público.

Primeiramente, vale pontuar que embora o Estatuto da Pessoa com Deficiência determine o direito à educação inclusiva, a maior barreira é garantir que essas diretrizes sejam efetivamente implantadas, mas o desafio de torna ainda maior quando o próprio Estado Democrático Brasileiro não impulsiona essa integração nas escolas, dentro de investimentos na estrutura física do ambiente de aprendizado, pois os cegos necessitam de particularidades específicas para poderem conviver em segurança e aprenderem de forma clara. Sob esse viés, infelizmente esse é o cenário que se apresenta: o público limitado visualmente, hoje no Brasil, não dispõe de adaptações nas rampas, livros em Braille, impressoras e placas de identificação na linguagem para cegos na grande maioria das instituições no território nacional. Logo, os muros a serem escalados para abranger cegos na educação estão cada vez mais altos e por isso faz-se necessário reverter tal realidade. (Melhore a apresentação dessa discussão)

(Boa estratégia coesiva) Em contrapartida, se houver investimento na estrutura sem a qualificação necessária para atender aqueles que não veem, não se promoverá inclusão nas escolas. Partindo desse pressuposto, outro desafio é capacitar tanto profissionais quanto cidadãos para ajudar e desenvolver métodos criativos para inserir os cegos no ambiente escolar, pois o deficiente visual, apesar de não enxergar totalmente, desenvolve incríveis habilidades sensoriais no tato e na audição, por exemplo, por isso, ter um profissional capacitado é essencial para remodelar o sistema de ensino (defasado e não abrangente) as necessidades do indivíduo. Isso vale também para os demais cidadãos, muitas vezes o fenômeno do “capacitismo”, (Sem vírgula) condiciona as pessoas a limitarem o que os deficientes podem ou conseguem fazer, mas um dos maiores pianistas da atualidade Steve Wonder, prova justamente ao contrário, já que o artista sendo cego, canta e toca os corações ao redor do mundo. Assim, é primordial que os profissionais da educação bem como os brasileiros, (Sem vírgula) tenham engajamento e empatia para o acolhimento de deficientes nas escolas.

(Boa estratégia coesiva) Portanto, denota-se novamente que baixo investimento e pouca capacitação dentro dos centros de educação no Brasil a fora, (Sem vírgula) são os principais desafios para promover a inclusão de deficientes visuais nesses ambientes. Assim, cabe ao Ministério de Educação e da Saúde buscar recursos para melhorar as instituições- rampas, equipamentos, etc- bem como promover a capacitação, de forma gratuita por ser dever do Estado, para profissionais e interessados na educação para cegos, a fim de dar “uma luz” a quem não consegue ver. (Proposta completa)