Desafios na inclusão de deficientes visuais na educação - Banco de redações

No renomado texto "A Cidadania Ativa: Teoria e Prática da Participação Cidadã", o sociólogo brasileiro Carlos Eduardo argumenta que a eficácia da democracia está intrinsecamente ligada à inclusão plena de todos os segmentos da sociedade, ou seja, quando todos os cidadãos desfrutam de seus direitos. Entretanto, nos dias atuais ainda há a persistência de desafios em relação a inclusão de deficientes visuais na educação, onde muitos alunos que apresentam deficiência visual não tem a mesma acessibilidade que os outros tem, tal situação se afasta dos princípios democráticos mencionados. Neste contexto, os agentes impulsores da problemática são o preconceito na sociedade e a falta de acessibilidade. 

De início, ao analisar a hodierna nação verde-amarela, nota-se que esse impasse está relacionado a um problema estrutural: o preconceito que é atribuído às pessoas com deficiência visual. O filme brasileiro “Hoje eu quero voltar sozinho” retrata a rotina do estudante Leonardo que é cego e enfrenta diariamente o preconceito realizado por seus colegas enquanto tenta prosseguir com sua vida acadêmica. Fora da ficção, a realidade não se mostra diferente, já que a maioria das pessoas que apresentam deficiências são cercadas por esteriótipos que tentam resumir esse grupo à pessoas mais fracas e insuficientes de realizar funções cotidianas, esse tipo de pensamento fomenta o preconceito que é direcionado a eles no dia a dia. Por consequência, o preconceito gera a exclusão dessas pessoas na sociedade, além de fortalecer os esteriótipos negativos relacionado a eles.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, vale ressaltar, ainda, a falta de acessibilidade na educação para as pessoas com deficiência visual como um fator que agrava os desafios para inclusão dos cegos no meio acadêmico. Segundo Nelson Mandela “A educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo”. Entretanto, a educação brasileira na contemporaneidade não apresenta estruturas qualificadas para abranger todas as pessoas que buscam o aprendizado nas salas de aula. Dessa forma, muitos alunos cegos acabam ficando para trás no desenvolvimento em relação aos outros colegas, isto pela falta de estrutura nas escolas e também pela falta de preparo dos profissionais que guiam os estudantes diariamente. Logo, tal falta de preparo nas escolas brasileiras promove a os desafios dos estudantes com deficiência visual em busca de uma escolaridade digna. 

(Boa estratégia coesiva) Diante do exposto, denota-se a urgência de propostas governamentais que alterem este quadro. Portanto, cabe ao Estado, cuja função principal é a proteção dos direitos de seus cidadãos, a mudança da estrutura das salas de aula, por meio de investimento em reformas e compra de esquipamentos. O Estado também deverá, (Sem vírgula) criar campanhas de conscientização, por meio de debates nas escolas. Isto a fim de incluir essas pessoas com equidade no meio educacional além de promulgar o respeito em sociedade, de modo a tornar a educação mais acessível e diminuir os desafios enfrentados no dia a dia por essa população.