BBB: Blog do Boicote para o Brasileiro - Banco de redações

“Quem nunca pecou que atire a primeira pedra”. A mesma analogia, proferida por um dos homens mais intrigantes do mundo – Jesus-, certamente pode ser usada no contexto do mundo digital em que a sociedade brasileira contemporânea está inserida, já que, quando um indivíduo em seus próprios canais de comunicação expressa uma opinião ou pensamento diferentes daqueles coletivamente aceitos, torna-se se torna “pecador” na ilusória e absurda “doutrina” das redes sociais, cujos muitos mestres fariseus estão prontos para "atirar pedras" nos inocentes transgressores. Nesse sentido, as “pedras”, ou melhor, uma delas, é o cancelamento virtual, que causa impactos traumáticos na saúde mental dos usuários da Web, traumas que ferem e podem ser fatais da mesma forma que uma rocha atirada no "profanador". Além disso, cada vez mais os usuários da Web caminharão para uma conformidade de pensamento e falta de senso crítico. Assim, medidas são mais que necessárias no Brasil para evitar que essa prática seja ainda mais invasiva. (Delimite as discussões iniciais)

Primordialmente, vale pontuar que o cancelamento virtual implica desconstrói séculos de lutas pela construção de direitos do homem e de liberdade de expressão, afinal, ao excluir e isolar um internauta por seu posicionamento, seja ele qual for, desde que não influa sobre os direitos fundamentais, resulta, infelizmente, em uma saúde mental debilitada: quadros depressivos, de pânico e ansiedade que envolvem os usuários em um “frenesi” para serem aceitos virtualmente. Isso seria ridículo se não fosse trágico, pois o cenário que se apresentou, no final de 2022 no Brasil, é um ótimo exemplo de como ondas de ataques e condenação digitais prejudicam a mente das vítimas: a jovem, Jéssica, tirou a própria vida, após ser “apedrejada” em suas redes sociais devido ao vazamento de supostas conversas privadas com o youtuber Whindersson Nunes. Dessa forma, os instrumentos que deveriam proporcionar aprendizado e bem-estar, - internet e afins - , na realidade estão sendo responsáveis por enviar inocentes para uma inquisição sob a forma de cancelamento digital, cujos impactos na mente perpassam para o físico. Logo, não há tempo a perder.

​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Outrossim é que outro gravíssimo impacto mental causado pelo cancelamento digital é o pensamento alienado dos cidadãos, visto que a paranoia de não serem julgados brutalmente nas redes sociais, os estimula a aderir a tendência midiática de opinião. Embora na realidade fora das telas não seja tão diferente, Milton Santos denomina essa prática como comportamento de manada que nesse contexto, a conformidade de pensamento e o desestímulo a opinião crítica são as chaves para que os indivíduos conectados não sofrem boicotes. Uma doutrinação inconsciente. Com efeito, não há surpresas quando no país, 67% dos estudantes de 15 anos não conseguem diferenciar fatos de opiniões de acordo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de 2021. Assim, certos debates se tornam "tabus" e certos pensamentos "cringes".

​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Portanto, vale ressaltar que doenças mentais e falta de senso opinativo são os principais impactos desastrosos do cancelamento digital, por isso, campanhas do Ministério da Saúde em parceria com os principais canais de informação sobre saúde mental e cancelamento com objetivo de conscientizar e promover ações mais tolerantes nas redes socias,  (Melhore essa construção) podem ser eficazes na proteção de possíveis vítimas, dado que homem de Nazaré enfatizou sabiamente a não atacar com "pedras" a vida de seres humanos mesmo que sejam considerados "pecadores" aos olhos virtuais.