A violência nas escolas é um grande reflexo da violência na própria sociedade brasileira. Se desde cedo crianças e jovens são expostos a diversos tipos de violência - como a doméstica, os latrocínios (muito comuns em suas comunidades), o racismo e o preconceito, a violência no futebol, a corrupção política entre outros tipos - e deixam de vivenciar uma sociedade igualitária e justa, passam a desacreditar nesses conceitos. Portanto, é óbvio que irão se tornar cidadãos que, no mínimo, aceitarão a violência como um elemento viável e justificável em diversas relações sociais. (Formule a tese)
Dessa forma nos vemos presos dentro de um círculo vicioso de violência, que deve ser interrompido em algum ponto e de alguma forma, para que assim um evento desencadeie outros, para então alcançarmos um ponto de construção de uma racionalidade social voltada para o respeito, harmonia e entendimento entre todos os cidadãos.
Hanna Arendt cunhou o termo "banalização do mal", um conceito que ela derivou a partir de seu trabalho como repórter no julgamento do nazista Eichmann, onde percebeu a naturalidade com a qual um homem comum adota a violência extrema, alertando sobre essa naturalidade em aceitar a violência e a devastação que pode produzir nas sociedades, e que infelizmente está presente na nossa sociedade brasileira. (Melhore a apresentação da discussão)
(Melhore a estratégia coesiva) Para quebrar esse ciclo de aceitação natural da violência, podemos iniciar a ruptura a partir de educação escolar, seguindo as ideias de Theodor Adorno, que diz ser primordial uma atenção especial para a educação primária, pois é o período em que nosso caráter estará começando a ser formado, e a educação tem por objetivo principal a emancipação do ser humano. (Melhore a apresentação da discussão)
(Melhore a estratégia coesiva) No Brasil, a deputada Professora Goreth (PDT-AP) criou um projeto de lei que prevê um enfrentamento racional e pacífico de situações de violência nas escolas a partir do preparo dos profissionais que compõem a sociedade escolar pela pedagogia restaurativa, num modelo que foi utilizado em escolas de seu estado, e que reduziram em 80% os casos de violência escolar. Esse projeto vai ao Senado para ser aprovado como Política Nacional de Promoção de Cultura de Paz nas Escolas (PL 1482/23), e faz frente às ideologias extremistas que a maior parte da população brasileira adota, que é o clamor por um ambiente escolar opressivo porém seguro pela força, o que somente reafirma uma "banalização do mal" em detrimento da razão e respeito.
(Boa estratégia coesiva) Portanto, para criarmos uma sociedade justa, devemos fazer os jovens acreditarem nesse tipo de sociedade, e para isso devemos cobrar a efetivação dessa lei para que possa ser exercida pelo executivo, além disso, é essencial que todos os setores da sociedade conheça, se identifique e adote essa lei como uma saída mais viável que construir um ambiente escolar onde a violência é usada para combater violência. (Não apresentou a proposta propriamente dita)
Comentários do corretor
Lembre-se: há um limite de 30 linhas para desenvolver as discussões. Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 160 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 160 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 120 | Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 80 | Nível 2 - Elabora, de forma insuficiente, proposta de intervenção relacionada ao tema, ou não articulada com a discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 720 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |
Iara - Correção por Inteligência Artificial
Competência | Nota | Observações |
---|---|---|
Competência 1 | 160 | Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Competência 2 | 200 | Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo, e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
Competência 3 | 160 | Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Competência 4 | 160 | Articula as partes do texto, com poucas inadequações, e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Competência 5 | 200 | Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
Nota final | 880 | Parabéns! A redação está muito bem estruturada e apresenta uma argumentação consistente e coerente. Há um bom domínio da norma culta da língua e o texto demonstra maturidade no tratamento do tema. |