[Sem título] - Banco de redações

Em consonância com a renomada psiquiatra brasileira Ana Beatriz Barbosa, a escola representa um espelho à sociedade em que está inserida, de forma que os comportamentos e posicionamentos nela desenvolvidos influenciarão a constituição social futuramente. A perspectiva da especialista é aplicada no panorama hodierno, haja vista que o aumento da violência nas escolas brasileiras representa uma problemática com tendências a acentuar-se em decorrência da escassa intervenção desempenhada pelas esferas governamentais e sociais, permitindo a continuidade de tal quadro. Este, por sua vez, concretiza-se no cenário nacional devido à inoperância estatal bem como a displicência social que possibilitam a agravamento do imbróglio em questão. (Formulou a tese)

Em primeira análise, é válido ressaltar que o Estado apresenta um comportamento deveras passivo no trato de impasses relacionados às circunstâncias descritas. Diante desta prerrogativa, em conformidade com o historiador brasileiro José Murilo Carvalho, em sua obra "Cidadania no Brasil", ser cidadão é dispor de todos os direitos sociais, políticos e civis plenamente, de modo que o Estado detém da alçada de assegurá-los e garanti-los. Todavia, é notório a ineficiência governamental neste sentido, em virtude de milhares de crianças e adolescentes deterem os seus direitos violados ao serem vítimas de violência, seja esta física ou psicológica, de forma que as impossibilite desfrutar das demais garantias relacionadas à liberdade, à integração, e principalmente à educação de qualidade. Logo, o óbice em questão demonstra tendências de agravamento, influenciando outros vieses que transpassam os muros da escola, gerando outros problemas de cunho social, culminando na necessidade de reversão de tal quadro.

(Boa estratégia coesiva) Outrossim, a sociedade se omite da responsabilidade de denunciar e requerer por medidas interventoras à problemática explorada. Sob este viés, é notório que consta no corpo social a denominada "Atitude Blasé", termo cunhado pelo sociólogo alemão Georg Simmel para designar o comportamento indiferente do indivíduo perante uma conjuntura que normalizou-se devido à constância assim como as escassas tentativas de mudança. Desse modo, embora seja perceptível as ocasiões em que a violência é empregada, um grande contingente de observadores frequentemente não realiza denúncias, banalizando tais atitudes e não observando a magnitude negativa que as permeia. A manutenção deste posicionamento inerte gera, por conseguinte, a perpetuação de tal cenário, o qual urge mudanças.

(Boa estratégia coesiva) Portanto, medidas devem ser colocadas em prática para a resolução deste quadro. Logo, cabe ao Poder Legislativo, ente responsável pela elaboração de pressupostos legais, possibilitar o desenvolvimento de penalidades mais eficazes aos casos de violência escolar, por meio da aprovação de projetos de lei a fim de diminuir a incidência de tais episódios. Ademais, é de alçada das instituições escolares orientarem os seus alunos a realizarem denúncias e atentarem-se a quaisquer violações legais, por intermédio de palestras e debates em aulas transversais acerca do tema. Assim, o espelhamento escola e sociedade não surtirá impactos negativos, haja vista a formação pautada na busca da empatia e respeito em toda e qualquer relação interpessoal. (Proposta completa)