Na obra “O Cidadão de Papel”, Gilberto Dimenstein critica o sistema de leis do Brasil, o qual possui uma boa elaboração, porém carece de efetividade na prática. Sob esse viés, a crítica da obra sobredita se aplica no contexto nacional quanto ao aumento da violência nas escolas brasileiras, pois é uma questão a ser solucionada. Nesse sentido, é necessário desconstruir a cultura de hostilidade e a omissão do Estado, sob pena de prejuízos irreversíveis aos estudantes. (Formulou a tese)
Em primeiro plano, a violência nas escolas evidencia a maldade humana. Nesse contexto, a filósofa Hannah Arendt desenvolveu o conceito conhecido como Banalidade do Mal, segundo o qual as atitudes cruéis são parte do cotidiano moderno e tornam as relações sociais cada vez mais caóticas. Nesse viés, grande parcela dos estudantes brasileiros manifesta na prática a cultura de hostilidade definida por Arendt, o que se mostra um grave problema e motiva os casos de violência em suas faces mais perversas. Dessa forma, enquanto, nas escolas, a Banalidade do Mal for a regra, a cultura de paz será exceção.
(Boa estratégia coesiva) De outra parte, a omissão do Estado dá lugar aos constantes casos de violência no contexto escolar. Nesse sentido, John Locke construiu a tese de que os indivíduos cedem sua confiança ao Estado que, em contrapartida, deve garantir direitos aos cidadãos. Ocorre que a ideia de Locke está distante de ser realidade nas escolas, haja vista a falta de iniciativa das autoridades em garantir a segurança e a paz no ambiente escolar, o que permite a ocorrência de histórias cruéis como a experimentada por alunos de uma escola em Suzano, em março de 2019. (Melhore a apresentação das discussões)
(Boa estratégia coesiva) Para mitigar, portanto, o aumento da violência nas escolas brasileiras, os cidadãos devem repudiar a cultura de violência, por meio de debates nas mídias sociais, a fim de evitar os problemas que se tornaram comuns. A polícia militar, por sua vez, poderia deve aumentar a segurança nas escolas, por intermédio da destinação de viaturas e de agentes às instituições com históricos problemáticos. Essa iniciativa teria a finalidade de desconstruir a omissão do Estado, para que, entre os alunos, deixe de ser realidade a cultura hostil. (Proposta incompleta)
Comentários do corretor
Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 200 | Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 160 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 160 | Nível 4 - Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 880 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |