A violência dos trotes universitários no Brasil - Banco de redações

A palavra trote faz alusão ao movimento não natural realizado pelos cavalos, a marcha lenta. Ele lhe é ensinado a duros treinamentos e agressões. A prática dos trotes universitários remete a Idade Média na Europa e no Brasil foi introduzido no século XIX através dos estudantes da elite que regressavam de Portugal. Os trotes universitários no Brasil ao longo dos anos marcam os noticiários e chocam a população com nível de violência e humilhação. (Formule a tese)

O rito de passagem que deveria marcar uma fase positiva de amadurecimento na vida dos estudantes calouros, apresenta-se como uma cena de crime. As “calouradas” como são conhecidas as festas de iniciação dos ingressantes na universidade são marcadas por agressões, abuso de álcool, injúria, constrangimentos e até homicídios. Essas práticas violentas geram um ciclo vicioso, pois a cada nova entrada de calouros, seus veteranos vingam-se dos abusos sofridos antes por eles.

(Melhore a estratégia coesiva) É importante compreender que esses casos de violência são impostos aos estudantes e aqueles que se recusam a participar dos trotes temem sofrer represálias ou perseguições posteriormente. Sobre isso é importante entender que essa obrigação representa uma violação dos direitos de personalidade do cidadão assegurados pela Constituição federal de 1988 e do Código Civil, que englobam o direito à vida, à imagem, ao nome e à privacidade. A Declaração Universal dos Direitos do Homem em seu art. 1° estabelece também que todos os seres humanos são livres e iguais e devem agir com espírito de fraternidade entre si. (Reestruture)

(Melhore a estratégia coesiva) Os trotes não precisam ser abusivos e devem ter o consentimento dos estudantes. Na Universidade Federal do Paraná-UFPR, por exemplo, os calouros comemoram a aprovação com os famosos banhos de lama. Em outras instituições ocorrem futebol de sabão, banho de tinta e brincadeiras com ovo e farinha. Existem ainda os Trotes Solidários, que combinam atividades solidárias e culturais e neles os estudantes realizam ações como doação de sangue, plantio de árvores, arrecadação de alimentos, itens de higiene, entre outros.

(Boa estratégia coesiva) Portanto, entende-se que os trotes são um desafio para as instituições de ensino no Brasil. Por essa razão expulsar os estudantes não deve ser visto como uma solução, pois só gera mais injustiças ao não resolver o problema, mas apenas culpabilizar certas pessoas. De acordo com a psicóloga Liliana Seger, os expulsos são bodes expiatórios. Logo, o Ministério da Educação e dos Direitos Humanos em parceria com as instituições de ensino devem proibir essas práticas violentas nas universidades, assim como promover debates e aulas sobre ética e cidadania para orientar e guiar os estudantes em sua formação profissional e de vida. Acerca dos crimes já cometidos, é importante que as devidas medidas exemplares sejam tomadas para mostrar que esses crimes não podem ser impunes tanto das partes dos estudantes, quanto das instituições que também possuem sua parcela de responsabilidade. (Proposta incompleta)