Debate sobre a cultura do trote universitário - Banco de redações

No filme “Código de Silêncio”, produzido pela Netflix, um estudante se vê diante do dilema de aceitar passar pelos trotes violentos impostos pelos veteranos ou não ser aceito pela fraternidade universitária. Essa é a realidade de muitos jovens brasileiros que se preparam para ingressar no Ensino Superior e se submetem a situações degradantes, que configuram muitos trotes universitários, para não serem excluídos pelos colegas de curso. A cultura do trote nas universidades advém da perpetuação de uma hierarquia entre os alunos e precisa ser repensada de modo que cessem as violências.

Nesse sentido, é preciso entender a posição de veteranos como sendo a de maior prestígio social dentro da instituição, uma vez que já estudam no local há mais tempo e fazem parte de entidades cobiçadas pelos calouros, como a atlética. Dessa forma, durante a recepção dos novos estudantes, é tradição realizar atividades que reforcem essa autoridade, sendo impondo regras de conduta, como servir os veteranos, ou colocando-os em situação degradante, como forçar o consumo de bebida alcóolica, raspar os cabelos ou submetê-los a atos escatológicos. Diante de uma recusa em participar do trote, o calouro recebe tratamento de silêncio dos demais, sendo maltratado pelos próximos anos, e impedido de adentrar as entidades relevantes dentro da faculdade. (Delimite e explore de modo mais produtivo)

(Boa estratégia coesiva) Por outro lado, os estudantes que passam pelas humilhações no trote podem ter consequências ainda piores. A exemplo disso, é possível citar o caso de um aluno da Universidade Federal de Ouro Preto, que ficou em coma após ser forçado a ingerir shoyu e molho de pimenta, grande quantidade de cachaça e ser banhado em água fria com pó de café. As violências sofridas resultaram na perda do movimento de um pé e na desistência do curso. Assim, é imprescindível que a cultura do trote universitário seja fortemente combatida, de maneira a evitar casos como esse de ocorrerem. (Explore de modo mais produtivo)

(Boa estratégia coesiva) Portanto, é essencial a promoção da conscientização acerca dos abusos realizados durante a prática do trote. Para isso, fica a cargo do corpo docente de cada instituição, (Sem vírgula) fomentar o debate sobre a hierarquia constituída entre os estudantes que permite subjugar e coagir os calouros, encorajando uma maneira mais saudável de se relacionar com os recém-chegados. Tal debate pode ser realizado dentro das salas de aula, contando com professores e psicólogos como mediadores, durante a semana de recepção dos calouros. Dessa forma, é possível extinguir as práticas violentas de um momento que deveria ser de acolhimento e integração para os que adentram as universidades do país. (Proposta incompleta)