Gil Vicente tece uma feroz crítica sobre o comportamento problemático da sociedade, em "O Auto da Barca do Inferno". É possível visualizar a perspectiva vicentina na cultura do trote nas universidades brasileiras, que é marcada por atividades humilhantes e, na maioria das vezes, violentas. Nesse sentido, o legado de superioridade dos veteranos sobre os calouros se torna um problema para a sociedade devido ao fato da influência da mentalidade social e da falta de empatia. (Muito bem. Formulou a tese)
Sob esse viés, pode-se apontar como um fator determinante a falta de consideração com o próximo. O "Mito da Caverna" trata-se da importância de conhecer a realidade para se ter criticidade. É possível associar a alegoria de Platão, na contemporaneidade, ao reconhecer a alienação existente no meio estudantil na aplicação de trotes nos indivíduos - gerando uma falta de conscientização e a recorrência de traumas - os quais passam por situações degradantes e humilhantes (Explore mais essa discussão). Assim sendo, infere-se que a falta de criticidade é um fator influenciador comportamental que gera o egoísmo nos indivíduos, por isso é preciso agir.
(Boa estratégia coesiva) Além disso, outra dificuldade encontrada é a coação da mentalidade social. Bordieu define "violência simbólica" como a influência que obriga um indivíduo a se posicionar no espaço social de acordo com padrões do discurso dominante. Consequentemente, esse conceito se faz presente no meio estudantil por existir um legado passado por gerações, haja vista que se torna obrigação dos calouros passarem por trotes como meio de incorporá-los à instituição estabelecendo, assim, um ritual cultural de boas-vindas. Assim, é possível identificar que o discurso perpetuado na sociedade exerce grande influência na mentalidade dos indivíduos.
(Boa estratégia coesiva) Portanto, é imperativo agir sobre o problema. Para isso, o Ministério da Educação deve propagar informações instrucionais acerca dos trotes universitários, por meio de propagandas na televisão, a fim de atingir a conscientização das pessoas e torná-las mais empáticas. Tal ação pode, ainda, contar com a divulgação nas instituições de ensino para que mude o comportamento dos estudantes. Dessa forma, a mentalidade problemática da sociedade há de mudar. (Proposta completa)
Comentários do corretor
Explore mais as discussões ao longo do desenvolvimento. Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 200 | Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 160 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 920 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |