[Sem título] - Banco de redações

Na novela "Malhação: Viva A Diferença" da Rede Globo, Ellen, uma menina negra da periferia passa em um concurso de bolsas para um colégio particular de São Paulo onde frequentam somente alunos brancos de classe alta. Dessa forma, um grupo de estudantes decide derrubar farinha na novata como uma técnica de trote e injúria racial. A problemática da cultura dos trotes também está presente nas universidades, sendo possível destacar a discriminação e o abuso de poder. (Formule a tese com mais clareza)

Em primeira instância, é necessário pontuar que o rótulo de brincadeira muitas vezes articula-se em meio a gestos racistas, misóginos e homofóbicos no ambiente universitário. Assim, disfarçados como piadas, trotes envolvendo "black face", assédio e apelidos pejorativos como "traveco", "machorra", entre outros usados para designar estudantes dissidentes de gênero e sexualidade repetem-se a cada ano com a chegada dos calouros. Logo, é fundamental que os trotes não sejam absolvidos de seu caráter discriminatório, cabendo ao órgão acadêmico responsabilizar os alunos que utilizam do rito para reproduzir discursos de ódio.

(Boa estratégia coesiva) Outrossim, já que os trotes são elaborados por universitários mais velhos, o abuso de autoridade é um dos mecanismos administrados para pressionar os recém-chegados. A exemplo do filósofo Maquiavel, que priorizava em um governante a habilidade de causar temor ao contrário de afeição, o uso de experiência e status a fim de induzir alunos a se submeterem a humilhações caracteriza uma tirania por parte dos chamados veteranos (Melhore a apresentação dessa discussão). Destarte, mantém-se constante uma hierarquização dos estudantes em que o poder é proporcional aos anos de faculdade e exercido agressivamente sobre os mais jovens.

(Boa estratégia coesiva) Portanto, cabe às universidades públicas e privadas brasileiras tomarem medidas de modo a combater a questão apresentada. A reitoria deve fiscalizar a prática dos trotes e regulamentá-la através de regras que exijam o respeito às diferenças e ao consentimento do próximo, para que seja garantida a segurança, o bem-estar e a saúde mental do universitário. É imprescindível que haja uma reeducação do papel do veterano, incentivando-o a acolher os novatos a fim de que seja construído um espaço colaborativo e comprometido com a equidade e a tolerância. Dessa maneira, cenários como o trote aplicado contra a personagem Ellen serão abomináveis dentro das instituições de ensino superior no Brasil. (Proposta completa)