[Sem título] - Banco de redações

O quadro expressionista “O grito”, do pintor norueguês Edvard Munch, retrata a inquietude, o medo e a desesperança refletidos no semblante de um personagem envolto por uma atmosfera de profunda desolação. Para além da obra, observa-se que, na conjuntura brasileira contemporânea, o sentimento de milhares de indivíduos assolados por trotes universitários é, amiudamente, semelhante ao ilustrado pelo artista. Nesse viés, torna-se crucial analisar as causas desse revés, dentre as quais se destacam a negligência governamental e a passividade social. (Formulou a tese)

A princípio, é imperioso notar que a indiligência do Estado potencializa a perpetuação dos trotes nas universidades. Esse contexto de inoperância das esferas de poder exemplifica a teoria das Instituições Zumbis, do sociólogo Zygmunt Bauman, que as descreve como presentes na sociedade, todavia, sem cumprirem sua função social com eficácia. Sob essa ótica, devido à baixa atuação das autoridades, verifica-se, lamentavelmente, o aumento dessa prática no âmbito universitário. Nessa perspectiva, para a completa refutação da teoria do estudioso polonês e mudança dessa realidade, faz-se imprescindível uma intervenção estatal. (Explore mais a discussão)

(Boa estratégia coesiva) Outrossim, é necessário frisar que a omissão popular é outra causa da problemática. Nesse sentido, o ativista estadunidense Martin Luther King afirma que “Quem aceita o mal sem protestar, coopera com ele”. Dentro desse aspecto, percebe-se que quando os indivíduos são indiferentes em relação aos trotes universitários – não denunciando os estudantes que realizam essa prática e principalmente sem se preocuparem com as consequências desse hábito danoso aos universitários – tem-se a cooperação da ilegalidade. Sob esse aspecto, cabe não apenas intervir nos poderes governamentais, mas sim na sociedade em geral. (Explore mais a discussão)

(Boa estratégia coesiva) Diante dos argumentos supracitados, são necessárias medidas capazes de amenizar os trotes no âmbito acadêmico. Para isso, o Ministério da Educação (MEC) deve promover, em universidades públicas com altos índices de trotes, por meio de verbas da União, políticas públicas para instalação de postos policiais com canais de comunicação efetivo para contenção dos universitários que fazem o uso de tal atividade . Além disso, é necessário que as escolas, em parceria com as mídias e profissionais especializados, promovam palestras para elucidar o verdadeiro papel de instituições universitárias. Espera-se, assim, que os sofrimentos emocionais retratados por Munch delimitem-se apenas ao plano artístico. ​​​​​​​(Proposta completa)