O garimpo ilegal é a queda do céu - Banco de redações

Na década de 60, Davi Kopenawa, líder e escritor Yanomami, defendeu em seu livro “A queda do céu” que a espoliação dos recursos naturais pela cobiça econômica promoveriam a destruição da humanidade. Invariavelmente, no Brasil contemporâneo, o interesse econômico, (Sem vírgula) faz do garimpo ilegal o principal catalisador da teoria de Kopenawa, uma vez que a exploração contamina as águas dos rios com mercúrio, provoca assoreamentos e aumenta também o desmatamento da floresta. Sob esse viés, essa problemática socioeconômica e ambiental está diretamente relacionada à falta de desenvolvimento econômico sustentável e da implementação de políticas públicas de proteção ambiental. (Formulou a tese)

É importante relembrar que, nos idos dos anos 80, o Brasil vivenciou o fenômeno da Serra Pelada - a mais emblemática representação entre exploração irregular e destruição ambiental- motivada pelos altos índices de desemprego e indiferença política daquela época. Nessa senda, Sebastião Salgado, fotógrafo brasileiro, registrou os verdadeiros formigueiros humanos sobre a Serra que, por ter sido desmatada (Vírgula) se tornou-se “pelada” e em poucos anos tornou-se um buraco, absolutamente consumido. Por conseguinte, o esgotamento dos recursos naturais que foram extraídos não beneficiaram a região, tampouco elevaram os índices de desenvolvimento social, demonstrando que a inoperância do Estado frente ao garimpo alimenta tragédias humanas e também é nociva para o meio ambiente. 

(Boa estratégia coesiva) Por outro lado, a defasagem entre o recurso destinado à defesa de Áreas de Proteção Ambiental e a grande dimensão desses territórios é o principal elemento que inviabiliza a efetivação da proteção ambiental no país. Dessa forma, segundo relatórios do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, o IBAMA, o investimento em pessoal, equipamento logístico e cumprimento das multas são imprescindíveis para a segurança dos territórios e dos povos tradicionais que a habitam. Por conseguinte, conforme Chico Mendes defendia, a manutenção da floresta só poderá suplantar os interesses econômicos quando se tornar, efetivamente, projeto governamental o que não é observado na conjuntura política brasileira. 

(Boa estratégia coesiva) Em síntese, o conflito entre os interesses econômicos e a proteção ambiental no Brasil remontam sua historiografia de instabilidade social e de falta de intermediação governamental. Por essa razão, é de suma importância que os agentes públicos atuem no equilíbrio dessa problemática, visando proteger a natureza do garimpo ilegal pelo fortalecimento dos postos de trabalho dignos. Ademais, cabe ao Ministério do Meio Ambiente (Vírgula) junto aos agentes da Polícia Federal, promover a retirada dos garimpeiros, instituir a aplicação de multas pelas áreas degradadas e (Vírgula) principalmente, prevenir a reentrada de garimpeiros e maquinários nas áreas de proteção. Assim, a “queda do céu” ressoará não como alerta, mas como presente dos Yanomami para a humanidade por tê-la salvado. (Proposta completa)