O ouro que não brilha - Banco de redações

No filme de animação "Rio 2", é retratada a história de Blu, uma ararinha azul, e a sua mudança para um novo habitat: a Amazônia. O longa-metragem tem como pano de fundo a exploração ilegal dos recursos naturais do bioma, e fora da ficção, (Sem vírgula) é possível a verificação do mesmo revés: a exemplo da grave crise social enfrentada pelos indígenas Yanomami no início de 2023, mostra-se necessário que medidas para a fiscalização e extinção do garimpo ilegal sejam tomadas pelo governo federal, visto que as normas vigentes mostram-se pouco eficazes para solucionar o problema. Assim, essa passividade não somente impacta os povos indígenas, como fomenta uma economia inteira a girar em torno de atividades ilegais. (Reestruture as discussões iniciais)

Em primeira análise, é necessário analisar a fala do escritor indígena Daniel Munduruku, que afirma que o homem ocidental relaciona felicidade à dominação da natureza. Contextualizando, isso explica eventos como a expressiva atividade garimpeira em Serra Pelada durante os anos 1980, conhecido como "o maior garimpo a céu aberto do mundo". (Melhore a construção dessa ideia) Contudo, as consequências da atividade foram longe de ser positivas: além das condições de trabalho serem análogas à escravidão, um estudo do Instituto Escolhas já comprovou que os lucros desse trabalho se concentram nas mãos de poucos, enquanto a maioria sofre prejuízos nos mais diversos aspectos. Além disso, o mesmo estudo mostrou que os seus efeitos dentro dos povos da Amazônia também são efêmeros: duram, no máximo, cinco anos. (Reestruture)

(Uso inadequado do operador argumentativo) Desse modo, também vale mencionar que o Estatuto do Garimpeiro, em vigência desde 2008, traz em seu 12º artigo a responsabilidade de garimpeiros - e instituições afins - sobre as áreas degradadas por sua atividade. Entretanto, a lei se mostra escassa quando confrontada com estatísticas alarmantes que confirmam a degradação do meio ambiente. Exemplo disso é uma pesquisa de 2021 realizada pelo Greenpeace, que revelou que 632 quilômetros de rios em terras indígenas no Pará foram destruídos em um período de 5 anos. Outro impacto da fraca fiscalização é o comércio e até a exportação ilegal do ouro, principal minério extraído graças ao seu alto valor no mercado externo, fato constantemente relacionado com a corrupção e conflitos internos pelo controle dos meios de produção do garimpo. (Reestruture)

(Melhore a estratégia coesiva) Com tais fatores esclarecidos, torna-se essencial que o Estado, principal agente de fiscalização e regulação da atividade garimpeira, tome medidas que inibam seus impactos. Primeiramente, o Ministério do Meio Ambiente, junto à Agência Nacional de Mineração, devem criar um departamento que faça a fiscalização de trabalhadores, empresas e compradores relacionados a esse mercado a partir do rastreamento de jazidas e sua produção, a fim de regular tanto a produção quanto a compra de minérios extraídos no país. Além disso, tornar o garimpo ilegal um crime hediondo também é uma solução cabível para esse problema. Com isso, a dignidade humana, a preservação de biomas e a promoção do emprego digno se tornarão metas mais próximas da realidade brasileira, assim como previsto pelos Objetos do Desenvolvimento Sustentável. (Faltou o meio/modo)