Racismo no futebol: por que ainda acontece? - Banco de redações

A canção “A Carne” (Vírgula) da cantora brasileira Elza Soares, em seu trecho “a carne mais barata do mercado é a carne negra”, retrata a condição marginalizada da população negra dentro da sociedade. Quando se observa o racismo no futebol, nota-se a perpetuação dessa condição de subvalorização do negro. Dessa forma, torna-se necessário discutir sobre os alicerces que sustentam essa problemática, com foco no legado histórico do colonialismo e na falta de medidas punitivas mais rigorosas contra as manifestações de preconceito racial. (Muito bem. Formulou a tese)

Em primeira instância, o processo colonial e escravista possui um papel relevante na estruturação do racismo no corpo social. Conforme a filósofa brasileira Djamila Ribeiro, as construções sociais de hierarquização da humanidade a partir da raça ou etnia, presentes no colonialismo, são internalizadas e aceitas como verdade pela sociedade. Nesse viés, o preconceito é projetado para diversos contextos de interação social, inclusive o futebol, de modo que jogadores negros podem ser vítimas de ataques racistas (Melhore a apresentação dessa discussão). Em síntese, esse cenário nefasto precisa de resolução.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, a ausência de medidas (Dê exemplos) contra casos de racismo no espaço futebolístico contribui para a perpetuação destas. Segundo Angela Davis, escritora e ativista estadunidense, é necessário que haja uma resistência negra na luta contra o preconceito e a integração de todos para que o antirracismo seja efetivo. Por conseguinte, à medida que não são aplicadas ações contra o preconceito, manifestações de tal natureza são reproduzidas continuamente devido à impunidade. Em suma, enquanto não houver medidas rigorosas de combate ao racismo, o respeito à diversidade racial no futebol será uma realidade distante.

(Boa estratégia coesiva) Infere-se, portanto, que o impasse precisa ter suas fundações desfeitas. Cabe à Federação Internacional de Futebol, juntamente de suas entidades locais, combater o racismo em jogos, por meio da reformulação de códigos disciplinares e éticos, com o intuito de torná-los mais efetivos contra discursos de ódio, e assim mitigar ataques racistas. Quiçá, nessa via, a situação retratada pela canção de Elza Soares não será mais uma realidade no futebol. (Proposta completa)