[Sem título] - Banco de redações

No filme norte americano "Race", é retratada a história de Jesse Owens, um maratonista negro que disputou as Olimpíadas de 1936, mesmo sob tentativas advindas do regime nazista para impedi-lo. A situação de Owens, vítima de racismo em diversas ocasiões, se repete constantemente no cenário mundial, incluindo no futebol brasileiro. Sob tal ótica, é fato que a ocorrência desse tipo de discriminação afeta a valorização dos atletas desse esporte, sendo preciso a compreensão de seus impactos fora do âmbito esportivo. (Formule a tese)

A priori, é nítido que a discriminação racial apresenta-se como um aspecto negativo para o convívio social e, indubitavelmente, no contexto do futebol. Assim sendo, é válido frisar o viés filosófico de Immanuel Kant, o qual acreditava que cada indivíduo é dotado de dignidade de forma inerente e, (Sem vírgula) essa jamais deve ser violada. Contudo, dada a recorrência constante de casos de racismo no futebol, os quais, muitas vezes, ultrapassam o limite das agressões morais, presencia-se um contraste ao pensamento de Kant. Dessa forma, ataques de racismo dentro e fora do ambiente esportivo violam a moral humana, agravando esta enfermidade social e reforçando a necessidade de combate a ofensas raciais. 

(Boa estratégia coesiva) Ademais, convém destacar que, adicionalmente à problemática de discriminação, a omissão das ligas responsáveis por eventos de futebol contribuem para a persistência do racismo. Nessa perspectiva, ofensas e ameaças contra atletas, direcionadas por pessoas que se entendem como "torcedores", detém pouco poder de controle da arbitragem de campeonatos. Com efeito, a branda postura de entidades esportivas diante do problema reflete nas medidas de punição aos agressores, os quais passam ilesos, tal como ocorreu com o caso do jogador Gabriel Barbosa, cujos acusados de racismo foram absolvidos.

(Boa estratégia coesiva) Há, portanto, a urgência de atenuar esse lamentável quadro no Brasil. Cabe, então, ao Ministério da Igualdade Racial — como principal órgão de combate ao racismo — promover, em parceria com organizações esportivas, medidas de punição e combate a discriminação. Essas medidas devem envolver a ampliação de regras contra clubes e campeonatos que não punirem os agressões — como multas e sanções — bem como a criação de uma lei para agilizar a condenação de racistas pelas entidades, promovendo ações legais de combate a esse tipo de discriminação. Dessa maneira, será possível tornar o futebol um entretenimento novamente, deixando de lado a violação da dignidade humana e a valorização da cultura popular, capaz de criar ídolos como foi Jesse Owens na corrida. (Proposta completa)