Na atual conjuntura social brasileira, nota-se a necessidade de discussões acerca das consequências do etarismo. Dentre as razões que provam essa problemática, é válido mencionar a ineficiência das políticas públicas relacionadas à discriminação (Muito bem. Formulou a tese). Além disso, a apatia social é outro agravante da perspectiva citada. Logo, deve haver participação governamental para minimizar o problema abordado.
Nesse contexto, a princípio, é importante pontuar que a ineficácia do governo é um empecilho para a resolução da problemática supracitada, pois o direito à igualdade social e respeito, independente de idade — garantido pelo artigo 3° da Constituição — é negligenciado, de tal forma que diversos indivíduos sofrem discriminação e segregação social em virtude de sua idade. Acerca dessa ótica, segundo o terceiro artigo da Constituição federal (Cite-o), é dever fundamental da República garantir o desenvolvimento nacional. No panorama citado, há uma discrepância no contexto, já que ocorre um descaso das autoridades em promover ações como programas de integração de pessoas idosas, dificultando a aceitação deste grupo em meio à sociedade, e, assim, atrasando o avanço da nação. A título de exemplo, é pertinente mencionar a situação ocorrida, em março de 2023, na Unisagrado - universidade particular de São Paulo - na qual uma estudante universitária de 44 anos sofreu discriminação de suas colegas por sua idade. Nesse sentido, as estudantes que praticaram a intolerância sequer foram punidas pela ofensa, assim, a vítima pode se sentir negligenciada e não reinvindicar seus direitos. Dessa forma, a inoperância estatal impede a resolução do revés citado.
(Boa estratégia coesiva) Ademais, é necessário ressaltar que a indiferença da sociedade é outro obstáculo do cenário evidenciado, visto que o comportamento passivo e falta de sensibilidade do corpo social dificultam a possibilidade de mudança. Sob essa visão, na obra infantil "O Pequeno Príncipe", do escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, o personagem Pequeno Príncipe conhece uma cobra em uma de suas aventuras, e relata o quão só ele se sente no deserto vazio, a serpente, por sua vez, responde que essa mesma solidão é sentida quando se vive em sociedade. De forma análoga à ficção, na realidade vigente do Brasil, a solidão citada pelo príncipe é percebida na medida em que os indivíduos priorizam o seu próprio bem-estar e negligenciam os direitos negados aos indivíduos cujas condições de vida são precárias, a exemplo dos cidadãos atingidos pelo idadismo. Certamente, é válido indicar o processo de segregação social como causa da insensibilidade popular, uma vez que a população é incapaz de notar as dificuldades alheias quando não as vivencia. Por conseguinte, o corpo social também distrai-se dos riscos que advém do revés referido, tais como o isolamento social e desenvolvimento de distúrbios psicológicos. Logo, é preciso engajar o senso de justiça em toda a coletividade, visando a erradicação desse comportamento que coloca em risco o bem-estar social.
(Boa estratégia coesiva) Desse modo, faz-se urgente intervenção governamental a fim de minimizar o etarismo na sociedade brasileira. Assim, o governo federal, com auxílio do Ministério dos Direitos Humanos - órgão responsável por garantir os direitos e bem-estar público - deve elaborar ações públicas visando capacitar o corpo social a respeito da pauta supracitada. Essa ação será realizada através da disponibilização de palestras que informem a importância de combater o preconceito relacionado à faixa etária dos cidadãos, tal intervenção irá minimizar o problema referido. (Proposta completa)
Comentários do corretor
Lembre-se: há um limite de 30 linhas para desenvolver as discussões. Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 160 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 120 | Nível 3 - Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e apresenta domínio mediano do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 120 | Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 800 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |