O mais escandaloso dos escândalos - Banco de redações

A filósofa Simone de Beauvoir afirmou que o mais escandaloso dos escândalos é que nos habituamos a eles. Essa frase pode ser aplicada ao atual contexto político brasileiro quando se trata da representatividade feminina, já que mais da metade da população brasileira é composta por mulheres, porém, nos espaços públicos, elas ocupam menos de cinquenta por cento, o que é um problema. Assim, essa problemática, por sua vez, tem origem na mentalidade machista e patriarcal que domina todos os setores da sociedade, em especial as escolas e a mídia, que acabam colaborando para manter essa baixa representatividade feminina na política. (Muito bem. Formulou a tese)

Primeiramente, a infiltração do patriarcado no sistema educacional brasileiro gera a pouca representatividade feminina na política. Isso acontece pois as escolas não incentivam as mulheres a lutarem por cargos de poder, sendo sempre subordinadas a um sistema majoritariamente masculino que não defende as prioridades femininas. Nesse sentido, o livro "Pedagogia do Oprimido", de Paulo Freire, vai contra isso, visto que ele desenvolve a ideia de que o papel da escola é de ensinar o oprimido, que, no caso, são as mulheres, a se libertar do opressor, ou seja, o sistema machista. Dessa maneira, infere-se que o sistema educacional é manipulável ao não ensinar as mulheres que (Essa discusão é tendenciosa), sem a política, não será possível que elas se libertem do patriarcado.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, os meios midiáticos, atrelados à mentalidade patriarcal, são responsáveis pela continuidade da baixa representação feminina nos espaços públicos. Isso se deve ao fato de que a mídia, por influência do machismo, não noticia essa realidade como deveria, assim, normalizando-a, além de não incentivar a entrada de mulheres na política de modo adequado. Nesse sentido, o jornalista Caco Barcellos afirmou que a mídia abre mão do seu papel pedagógico que, nesse caso, é o de conscientizar a população sobre a desigualdade de gênero na política. Assim, ao não conscientizar a sociedade sobre isso, a mídia se torna cúmplice do machismo.

(Boa estratégia coesiva) Desse modo, o pensamento machista é o principal responsável por manter uma baixa representatividade feminina na política, e isso precisa ser solucionado. Para isso, o governo deve criar uma força tarefa institucional de incentivo ao aumento da participação feminina na política por meio de projetos de conscientização na mídia e nas escolas, como palestras e feiras de profissões, para que o espaço público se torne mais igualitário e, assim, nem mulheres e nem homens serão oprimidos. Dessa maneira, a escassa representatividade feminina na política deixará de ser o mais escandaloso dos escândalos. (Muito bem. Proposta completa)