A Constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê (Vírgula) em seu artigo 1º, que todo poder emana do povo, que o exerce por meio da escolha de representantes. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa a importância da participação feminina na política, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater o machismo que permeia as instituições sociais. Nesse sentido, é nítido que a participação das mulheres nesse ramo é uma conquista legal recente, visto que, somente em 1932, o voto feminino foi permitido pelo Código Eleitoral. Isso se deve, principalmente, à permanência de uma visão limitada de muitas pessoas de que a feminilidade está vinculada à emotividade exacerbada, sendo um empecilho para o envolvimento com a administração pública. Essa conjuntura, segundo a filósofa política Hannah Arendt, em seu livro "Eichmann em Jerusalém", cita que a essência dos direitos humanos é o direito a ter direitos. Nesse contexto, percebe-se que o direito fundamental de cada indivíduo, (Sem vírgula) é o direito de pertencer a uma comunidade disposta e capaz de garantir-lhe qualquer direito.
(Boa estratégia coesiva) Ademais, é fundamental apontar o descumprimento da legislação eleitoral que promove a inclusão de candidatas nos cargos da administração pública como impulsionador da ausência desse gênero na política. Segundo o historiador brasileiro José Murilo de Carvalho, em seu livro "A cidadania no Brasil: o longo caminho", defende que (Vírgula) para que haja uma cidadania plena no Brasil (Vírgula) é imprescindível a coexistência dos direitos sociais, políticos e civis. Sob essa perspectiva, observa-se que quando não se cumpre o que a lei determina, a cidadania não é alcançada na sociedade. Diante de tal exposto, nota-se um histórico afastamento desse grupo de controle governamental, que ainda se traduz na sua insuficiente representação no Congresso Nacional, por exemplo, pois apenas 15% das duas casas legislativas são compostas por deputadas e por senadoras. Em segundo lugar, é vital que esse óbice social está ligado ao descumprimento da legislação eleitoral por diversos partidos políticos. Embora a lei 13615/15 estabeleça que eles cedam ao menos 30% das verbas do fundo partidário para o lançamento de campanhas de candidatas no país, é frequente a adição de "candidaturas fantasmas" por esses coletivos, os quais cadastram concorrentes fictícias apenas para cumprir a cota obrigatória. Logo, negligencia-se a efetiva inserção das mulheres no meio governamental, uma vez que o incentivo proposto pela legislação não é realizado.
(Boa estratégia coesiva) Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos deve, em parceria com os coletivos femininos, como o Movimento de Mulheres Olga Benário realizar, por meio das redes sociais, campanhas informativas que revelem a importância de garantir a diversidade no governo, protagonizadas, especificamente, por políticas e ativistas. (Truncamento) A fim de Afim de, (Sem vírgula) matigar mitigar os impactos do machismo na eleição de mulheres para os cargos públicos. (Proposta completa)
Comentários do corretor
Lembre-se: há um limite de 30 linhas para desenvolver as discussões. Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exeercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 160 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 160 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 880 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |