[Sem título] - Banco de redações

O Brasil, como cantou o enredo da Mangueira de 2019, é um país que possui “o avesso do mesmo lugar”, com isso é possível elucidar que, embora tenhamos grandes mulheres na política e um número crescente destas, e com isso temos uma ampliação dos discursos e diversificação dos temas debatidos, ainda diversos grupos de mulheres estão sub-representadas, o que traz como reflexão dois pontos: o aumento de mulheres na política enriquece o discurso , mas não temos ainda, uma real participação da diversidade de mulheres que formam a sociedade brasileira. (Parágrafo frasal)

(Uso inadequado do operador argumentativo) Diante do exposto, podemos ratificar que o número crescente de mulheres na política partidária, (Sem vírgula) é um meio para fomentar discursos, desde temas que já deveriam ser considerados simples e resolvidos, como o fato de ter um banheiro para mulheres, direito conquistado em 2016, fato que transmite como o espaço, até recentemente, não foi pensando para participação delas; (Reestruture essa discussão) assim como um projeto de lei da deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) que prevê que mulheres com mais de 60 anos e com filhos, mas sem contribuição suficiente para aposentadoria tenha tal direito garantido. A importância desse projeto, pensando por uma mulher e para mulheres, é fundamental para uma sociedade estruturalmente machista, porque ainda é atribuído às mulheres os cuidados pela prole, com isso elas precisam, muitas vezes, ficar fora do mercado de trabalho e não conseguem contribuir com a previdência, já que as atividades domésticas não são reconhecidas como trabalho.

(Boa estratégia coesiva) Em contrapartida a esse aumento de mulheres na política, assistimos uma sub-representação de mulheres negras, indígenas, transsexuais que representam menos 30% do número de eleitas nacionalmente, por exemplo, apenas na eleição de 2022 foram eleitas duas mulheres trans para o Parlamento, que demonstra a eficiência da ampliação do debate e incentivo, contudo expõe como temos uma participação desproporcional a representação social das mulheres na sociedade brasileira. Do mesmo modo, muitos partidos destinam quase 47% a menos do fundo eleitoral para candidaturas negras, segundo a revista CNN Brasil, em uma nítida tentativa de favorecimento às candidaturas brancas, o que vai de encontro ao incentivo de pessoas negras na política.

(Boa estratégia coesiva) Destarte, é possível elucidar que a participação de mulheres na política representa mais do que números, mas provoca reflexões estruturais e legais, como desde ter um banheiro a pensar em leis específicas para problemas que as atingem, entretanto temos sub-representações de mulheres não brancas e destinação do fundo eleitoral em percentual, significativamente menor para pessoas pretas (Reveja a relação entre as discussões). Diante disso, é fundamental o acompanhamento do cumprimento das leis e sanções aos partidos que não cumprirem, assim como reforçar os meios para educar a sociedade, tanto para incentivar quanto para reconhecer a importância de um debate amplo e inclusivo para o fortalecimento da própria democrático.