[Sem título] - Banco de redações

Segundo Rachel Carsen, bióloga marinha, "O homem é parte da natureza e a sua guerra contra a natureza é, inevitavelmente, uma guerra contra si mesmo". De forma análoga, as atividades garimpeiras ocorrentes no território yanomami, além de nocivas para a fauna da região, afetam os próprios garimpeiros e, principalmente, os povos indígenas que lá vivem. Logo, mais do que nunca urge a necessidade de repisar as leis que garantem o direito à terra aos índios, bem como intervir tais ações que podem resultar na dizimação desses povos.

Em primeiro plano, evidencia-se o artigo 231 da Constituição federal, que é referente ao direito à terra dos povos indígenas, estes podendo usufruir exclusivamente das riquezas do solo. Sob essa ótica, o território pertencente aos yanomamis deveria ser estritamente administrado pelo próprio povo, que habita a região antes mesmo de existir o conceito de Estado. No entanto, é notório que isso não acontece, uma vez que a terra não é bem guardada pelos órgãos que deveriam o fazer, visto que os números de garimpos ilegais aumentaram. Desse modo, com a ausência de intervenção governamental e reforço securitário nas fronteiras, tais atividades persistirão e a posse do indígena sobre sua própria terra continuará sendo um dever não cumprido.

(Boa estratégia coesiva) Consequentemente, com a utilização do mercúrio nas garimpas nos garimpos, a vida dos habitantes da região é posta em risco. Haja vista que a substância contamina o solo e água, a fauna da região é atingida. Por exemplo, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA), o mercúrio contaminou 81% dos peixes na região do Parque Nacional Tumucumaque. Dessa forma, o ecossistema é desbalanceado e os povos que dependem desses animais para sobreviverem são afetados. Posto isso, com a vida dos indígenas e a biodiversidade ameaçados, a possibilidade de extinção aumenta.

​​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Frente ao exposto, é fulcral a reafirmação dos direitos dos povos originários à terra que lhes pertencem. Portanto, o Ministério da Justiça, órgão que visa defender e garantir os direitos do cidadão, em parceria com a Agência Nacional de Mineração, autarquia responsável pela fiscalização das atividades garimpeiras, devem proteger as terras indígenas por intermédio de revigoramento de leis já existentes, para que a venda dos metais extraídos desses solos seja proibida, além de implantar nas máquinas de garimpo, um dispositivo de monitoração que as impedem de adentrar regiões demarcadas. Essa medida resultará em um declínio nas atividades ilegais, de modo que o território concernente à comunidade indígena será respeitado e a biodiversidade será preservada.​​​​​​​ (Proposta completa)