laura tavares - Banco de redações

No século XX, o abolicionista Joaquim Nabuco afirmou que (Dois pontos) ''no Brasil há um fundo de barbárie debaixo da camada superficial de civilização''. Essa percepção perpassa o tempo, pois faz-se notória na desvalorização dos povos e comunidades tradicionais , o que ameaça a efetivação da cidadania desses grupos. Nesse contexto, a valorização das populações mencionadas enfrenta dois principais desafios: a desigualdade socioestrutural e a falta de cultura constitucional na sociedade. (Muito bem. Formulou a tese)

Em primeiro lugar, as disparidades social e estrutural colabora para a marginalização dos sujeitos vulneráveis. A esse respeito, o escritor José Segatto declara: ''a sociedade é construída por relações de poder, as quais excluem minorias da participação social''. Nesse sentido, os princípios do mercado capitalista, consagrados pelos detentores do poder, a saber, exploração e lucro, regem a estrutura nacional, ainda que desconsidere as necessidades das minorias, ferindo sua dignidade.Isso acontece com as comunidades quilombolas, indígenas, ciganas, e muitas outras, uma vez que seus territórios são degradados e sua cultura desrespeitada por empresas mineradoras, madeireiros e latifundiários, preocupados apenas com o rendimento econômico (Melhore a apresentação dessa discussão). Desse modo, povos tradicionais são invisibilizados e excluídos, confirmando a concepção de Segatto.

(Boa estratégia coesiva) Ademais, em segundo lugar, a indiferença social aos princípios da Magna Carta é um entrave para a valorização das comunidades em questão. Isso ocorre porque, para o escritor Manuel Jorge, "a ausência de cultura constitucional conduz à ineficácia dos textos constitucionais''. Igualmente, o descaso popular em relação aos direitos do cidadão, como igualdade e vida digna, ameaça sua efetivação. Nessa lógica, os povos tradicionais são desvalorizados devido à omissão social frente à violação dos direitos desses indivíduos que se mostra na falta de proteção estatal e na exploração mercantil de suas terras, por exemplo. Logo, o negligenciamento da Constituição permite as injustiças contra populações culturalmente diferenciadas.

(Boa estratégia coesiva) Portanto, é urgente combater a marginalização dos povos e comunidades tradicionais no Brasil. Nesse propósito, o Estado, cuja função é atender demandas nacionais, deve promover a redução das desigualdades socioestruturais e a inclusão dos povos tradicionais, por meio de políticas emancipadoras de reconhecimento e proteção, atuando nos municípios onde se concentram essas comunidades, com a finalidade de garantir a cidadania e a visibilidade desses grupos. Além disso, a sociedade deverá desenvolver cultura constitucional, a fim de lutar contra a violação dos direitos do cidadão. Assim, será possível alcançar a valorização dos povos culturalmente diferenciados e remover esse fundo de barbárie do país. ​​​​​​​(Proposta completa)