A Carta Magna de 1988 - lei de maior poder em território brasileiro - assegura que o Estado deve ofertar educação gratuita para os seus cidadãos. Entretanto, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 206 a contradiz por propor a adesão de mensalidade em universidades públicas, um retrocesso na educação, por romper com o conceito de isonomia e acalorar as desigualdades no ensino superior, fazendo-se crucial debater tal tema. (Muito bem. Formulou a tese)
Primeiramente, mesmo com a PEC 206 sugerindo a aplicação de mensalidade apenas em alunos oriundos da classe alta, isso implicaria com a isonomia pregada pelas universidades públicas. Essa rede de ensino zela pela igualdade nas oportunidades de ensino para os seus alunos. A contradição de embolsar mensalidade de uma parte deles romperia com a isonomia (Explore essa discussão com mais produtividade), por tratamento diferente, causando descontentamento interno, similar a teoria do bom selvagem do filósofo Rousseau, em que o homem tende a se manifestar para ter o mesmo tratamento que outro, evidenciando as consequências da quebra da isonomia.
(Boa estratégia coesiva) Ademais, A a PEC 206 acalora as desigualdades sociais com a implantação de uma mensalidade generalizada. De acordo com Andifes (2018), cerca de 70% dos alunos de universidades públicas provêm de famílias com renda inferior a um salário mínimo, o que impossibilita esses alunos de custearem a mensalidade, excluindo-os do acesso a esse sistema educacional com as desigualdades presentes nesse âmbito sendo amplificadas, com a elite frequentando o ensino superior e a classe popular sendo inviabilizada. (Explore mais o argumento)
(Boa estratégia coesiva) Há, portanto, a urgência de se combater o retrocesso educacional proposto pela PEC 206. Para isso, a sociedade, principalmente universidades e alunos, deve estar ativa para se manifestar contra essa emenda, organizando movimentos sociais para mostrar o seu descontentamento e difundir isso por meios de massa, a fim de evidenciar ao Estado o retrocesso e as desigualdades que a PEC 206 promove, para que ele se oponha a sua ratificação, com que, assim, a proposta da Carta Magna de 1988 continue vigente e a educação siga sendo gratuita a todos. (Muito bem. Apresentou todos os elementos da proposta de intervenção)
Comentários do corretor
As discussões precisam ser exploradas com mais produtividade ao longo do desenvolvimento. Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 160 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 160 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 880 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |