A Constituição federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê,em seu artigo 5º, o direito à propriedade como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa a luta dos povos indígenas contra a tese do marco temporal,dificultando,deste modo,a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem seu quadro. (Formule a tese)
(Boa estratégia coesiva) Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de compreensão por parte do Estado, no que se refere às violências sofridas anteriormente à promulgação da constituição de 1988, (Melhore a progressão de ideias) pelos indígenas. Nesse sentido,a evolução da história indígena tende a ser omitida e inutilizada como argumento justo. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre a sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis, como à propriedade, o que infelizmente é evidente no país. (Explore com mais produtividade)
(Reveja a estratégia coesiva) De acordo com os dados do Censo 2010, no Brasil vivem 896.917 pessoas que se declaram como indígenas. Desse total de pessoas, 57,7% vivem em terras indígenas oficialmente reconhecidas. Ademais,é fundamental apontar uma tentativa disfarçada de aniquilação desses povos como a impulsionadora do marco temporal no Brasil.Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar. (Explore com mais produtividade)
(Boa estratégia coesiva) Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Estado, por intermédio de suas autoridades governamentais, atuem contra a tese do marco temporal e suas possíveis consequências repulsivas – como a perda de direito a áreas em processo de demarcação e o aumento do genocídio de povos originários – a fim de sustentar o direito à propriedade. Assim, se consolidará uma sociedade mais igualitária, onde o Estado desempenha corretamente seu “contrato social”, tal como afirma John Locke. (Muito bem. Apresentou a proposta de intervenção)
Comentários do corretor
Evite uma abordagem superficial do tema. Explore as discussões com mais produtividade ao longo do desenvolvimento. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 160 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 160 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 120 | Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 840 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |