Cultura, conforme o antropólogo alemão Franz Boas, é um conjunto de costumes com características próprias, sem prevalecer hierarquia entre as demais. De acordo com essa definição, o marco temporal não leva em consideração a cultura dos povos indígenas no Brasil, (Sem vírgula) para a demarcação de suas terras. O etnocentrismo e interesses econômicos vínculados à agricultura são problemáticas que pioram o cenário, por isso merecem análise crítica. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)
(Boa estratégia coesiva) Primeiramente, o pensamento colonial e racista de que um povo é superior ao outro ainda existe. Com isso, o processo de demarcação de terras indígenas em relação ao marco temporal se tornou algo intransigente, visto que a União não divide adequadamente a área pertencente aos índios, e permite que o "homem branco" torne-se se torne proprietário dela (Melhore a construção desse argumento). Dessa maneira, o Estado não cumpre com seu dever constitucional de demarcar corretamente as terras, ressaltando o preconceito enrustido.
(Boa estratégia coesiva) Ademais, a agricultura é o principal viés econômico brasileiro. No entanto, a mesma (Use quando houver ideia de igualdade) virou um empecilho na demarcação de terras, pois o marco temporal incorpora, também, a potência econômica do país. Outrossim, a bancada parlamentar ruralista usa como argumento, analogamente ao período escravocrata, a questão da economia, pois sem a escravidão o Brasil entraria em colapso econômico, e faltariam alimentos. Como tal, ceder propriedades rurais, (Sem vírgula) resultaria em impactos negativos no setor agricultor. Em síntese, os parlamentares aderiram ao marco temporal em vínculo ao marco econômico, excluindo o contexto histórico do país. (Explore o argumento com mais produtividade)
(Boa estratégia coesiva) Portanto, há a necessidade de resolver os problemas que compreendem o marco temporal. A FUNAI (Fundação Nacional do Índio) - a qual trata dos direitos indígenas -, por meio dos senadores que apoiam a causa desse povo, devem levar ao STF (Supremo Tribunal Federal) as barreiras que o marco traz aos grupos originários das terras, a fim de convencer a barrar a ideia ruralista, e fazer ocupar corretamente as áreas por quem as pertecem. Nesse sentido, os índios e sua cultura, com suas características tão particulares, permanecerão respeitados, e nenhum povo sobressaltará os demais. (Muito bem. Apresentou a proposta de intervenção)
Comentários do corretor
As discussões são pertinentes, no entanto precisam ser mais exploradas ao longo do desenvolvimento. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 160 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 160 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 920 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |