---Debate sobre o marco temporal - Banco de redações

A história de formação do Brasil é marcada por injustiças e atrocidades contra os povos indígenas. Eduardo Galeano, em sua obra intitulada "As veias abertas da América Latina", mostra quão brutal foi o massacre e exploração - em toda a América Latina - dos povos nativos desde a colonização, inclusive no Brasil. Assim, adotar a tese do marco temporal, (Sem vírgula) seria negar todo esse processo histórico de injustiças. Além disso, a tese que deu origem ao atual debate foi referente a um caso específico, e não deve ser usada como modelo para todo o restante. (Formule a tese) 

(Boa estratégia coesiva) Primeiramente, os povos indígenas já habitam o território brasileiro desde muito antes da colonização. Logo, não se sustenta o argumento de que, sem o marco temporal, locais como a praia de copacabana poderiam ser reivindicados. (Truncamento de períodos) Pois, se assim fosse, poder-se-ia reivindicar todo o território nacional. Vê-se que claramente não é essa a intenção dos que agora protestam. Sua busca é por justiça com relação aos espólios dos quais foram destituídos seus antepassados, visto que muitas das áreas que agora estão sendo reivindicadas são locais sagrados para cultura de determinados grupos ou etnias. O marco temporal negligencia o fato de que, à época da Constituição de 1988, muitos grupos indígenas estavam (e ainda estão) buscando recuperar os locais dos quais já haviam sido expulsos anteriormente. (Delimite e explore com mais produtividade) 

(Boa estratégia coesiva) Ademais, o próprio STF (Desenvolva a sigla) reconheceu que o caso da terra Indígena Raposa Serra do Sol, que deu abertura para a tesa do marco temporal, era uma decisão específica daquele caso. Entretanto, ainda assim (Vírgula) a bancada ruralista, juntamente com o apoio dos barões do agronegócio, tenta usar esse precedente visando impedir a demarcação de terras que servem aos seus interesses. Um exemplo seria o caso da tribo Xokleng, grupo que foi gradualmente expulso de suas terras no último século, com muitos vivendo em outras áreas no de 1988. (Explore com mais produtividade) 

(Boa estratégia coesiva) Portanto, cabe a órgãos como a Funai, responsável pela demarcação de terras (Vírgula) em conjunto com o Ministério da Justiça, continuar ampliando os estudos acerca da relação entre determinados grupos indígenas e suas terras de origem. É importante que se entenda que tais tribos não possuem uma relação de propriedade privada e exploração econômica de suas terras, mas sim uma conexão espiritual, história e cultural. Também deve-se lembrar que os direitos fundamentais, tais como o respeito à diversidade, previstos na Constituição federal, devem ser garantidos a todos. (A proposta de intervenção está incompleta)