Parto humanizado é respeito - Banco de redações

O parto humanizado é uma visão mais acolhedora e humana em relação ao modelo tradicional, por via natural ou cesárea, ou seja, possui um olhar menos hospitalar e sem tantas intervenções médicas. No Brasil, por exemplo, são realizadas quatro vezes mais cesáreas em detrimento de outros países, das quais apenas 15% são consideradas seguras pela Organização Mundial da Saúde (OMS), isso porque muitas cesarianas são induzidas. Diante desse contexto, é certo declarar que o parto humanizado tornou-se uma questão de saúde pública em resposta aos altos índices de cesáreas, que possuem mais riscos que o parto normal, - como por exemplo hemorragia, infecção, trombose ou problemas respiratórios para o bebê -, buscando respeitar o processo natural, para que o parto seja uma experiência segura e acolhedora tanto para a mãe quanto para o feto. (Delimite as discussões iniciais e formule a tese)

(Boa estratégia coesiva) A princípio, vale comentar sobre como a medicina obstétrica está negligenciando a saúde da mulher por meio de procedimentos cada vez mais invasivos. Isso porque, como acontece no Brasil, apesar da existência do projeto de lei (PLS 3.947/2019), onde garante que a partir da 39ª semana de gestação as grávidas podem optar ou não pelo parto cesárea, muitos partos são induzidos, apesar da preferência da maioria das gestantes pelo parto natural, visto que o tempo de recuperação e os riscos de infecção são menores. Isso acontece porque na rede pública de saúde (SUS), por exemplo, os médicos obstetras ganham mais dinheiro pelos partos cesáreas, e um único parto natural pode durar horas, impedindo que o profissional lucre  (Reelabore essa discussão). Esse cenário é um exemplo da mercantilização da saúde, priorizando o ganho em prejuízo de um atendimento que abrange empatia, segurança e um olhar mais humano. Logo, deve-se combater a mercantilização dos procedimentos de saúde para garantir o direito universal de qualidade ao atendimento médico. (Reestruture as discussões apresentadas) 

​​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Ademais, é importante perceber que a falta de infraestrutura médica impede a humanização dos partos, tornando a experiência degradante para mãe e feto. A título de exemplo, podemos citar as casas de parto natural no Brasil, que existem desde 1999, buscando acompanhar as gestantes do pré-natal ao nascimento da criança, e atendê-las de forma mais segura e acolhedora, estando preparadas ainda para casos de cesáreas, pois estão próximas a hospitais. Mas No entanto, existem apenas 18 casas de parto natural em todo território nacional, país que possui, segundo a revista Veja, quase mil grávidas por ano. Ou seja, não existe estrutura para jurar assistência. E (Vírgula) mais uma vez, a medicina passa pelo processo de mercantilização, pois em resposta a falta de leitos no sistema público de saúde, muitas clínicas particulares foram inauguradas para atender a essas pessoas, cujos preços são exorbitantes, visto ainda que o parto humanizado, apesar da sua importância, é um procedimento que está em alta, e passa a servir de lucro para tais empresas. Logo, novos hospitais obstétricos, de boa estrutura, devem ser construídos para suprir as necessidades populacionais. (Delimite as discussões apresentadas)

​​​​​​​(Boa estratégia coesiva) A par das considerações feitas, cabe refletir sobre iniciativas que podem ser tomadas para que a humanização do parto, cesárea ou natural, seja de alcance de todos, tanto por intermédio de profissionais dotados de empatia, quanto de infraestrutura hospitalar. Nesse sentido, o Ministério da Saúde (Muito bem. Apresentou o agente) deve publicar portarias com propostas que garantam o direito do parto humanizado em toda rede pública de saúde (Muito bem. Apresentou a ação), como foi feito em maio de 2021, quando o SUS (Desenvolva a sigla) adotou novas medidas, como o contato aquecido pele a pele do feto com a mãe nas primeiras horas pós-parto, e o estímulo a amamentação na primeira hora de vida, pois asseguram uma imunidade mais elevada ao recém-nascido. Isso pode ser feito ainda por meio da retomada de antigos projetos, como a rede cegonha, que tem por objetivo acompanhar mãe e criança da gestação até o segundo ano de vida do indivíduo. Ações como essas possuem por efeito além da segurança da gestante e seu filho, a prevenção de doenças no futuro, visto que a colonização com as bactérias da mãe protegem o bebê, a longo prazo, contra hipertensão, diabetes e obesidade, o que é de interesse de todos. ​​​​​​​(A proposta de intervenção está incompleta)