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Parto humanizado: uma questão de saúde pública?

Enviada em: 11/07/2021

Status:

Corrigida
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A Constituição federal de 1988, norma de maior hierarquia do sistema jurídico brasileiro, prevê, em seu artigo 196, o pleno direito à saúde como inerente a todo cidadão. No entanto, o oposto é o que se observa na contemporaneidade, haja vista que, no Brasil, o parto humanizado ainda não é valorizado pelo sistema de saúde público, o que desencadeia uma alarmante questão. Nesse sentido, a configuração desse problema se deve, essencialmente, à precariedade de investimentos governamentais disponíveis nos hospitais e ao descaso dos profissionais com a gestante. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)

(Boa estratégia coesiva) Nesse contexto, é fundamental salientar como a ausência de manutenção estatal limita o atendimento da paciente. De acordo com o contratualista John Locke, ao Estado é entregue a responsabilidade pelo domínio político para que os direitos dos indivíduos sejam preservados e consolidados. Contudo, a realidade brasileira vai de encontro ao pensamento do sociólogo, uma vez que a maioria das mulheres grávidas não têm a liberdade de optar pelo parto humanizado em um hospital público, pois os recursos são precários e inadequados – o número reduzido de médicos, enfermeiros e quartos exemplificam esse cenário. Dessa forma, além de tornar a preservação de direitos inexistente, essa situação também caracteriza o governo como inoperante. Consequentemente, a perpetuação desse problema potencializa o despreparo médico para atuar sem intervenções desnecessárias. Assim, é importante a resolução dessa questão, pois a sua permanência é inadmissível em um país constitucional. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Ademais, outro fator contribuinte para o entrave é o descaso médico acerca da escolha de parto que a gestante almeja. Acerca disso, a série “Greys Anatomy”, disponível no Globo Play, retrata vários casos que demonstram profissionais totalmente arrogantes, de modo a desrespeitar e ferir o desejo dos pacientes. Nessa linha de raciocínio, falhas como essas são banalizadas diariamente nos centros de atendimento gratuito, na proporção em que a naturalidade e a humanização do nascimento de uma criança é ignorada pelo conjunto de pessoas habilitadas, desconsiderando essa opção por ser demorada e exigir maior acolhimento. Com efeito, inúmeras grávidas decidem por partos indesejados – a cesárea, por exemplo – por não terem condições financeiras de contratar especialistas para acompanhar e assegurar o processo. Logo, para que isso se torne restritivo à ficção, a dissolução desse quadro é indispensável no país brasileiro. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Portanto, são necessárias medidas para que esse imbróglio tenha suas fundações desfeitas. Para isso, o Ministério da Saúde (Muito bem. Apresentou o agente) deve, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) (Muito bem. Apresentou o meio), fornecer a manutenção adequada nos hospitais públicos para que seja possível a realização de partos mais humanos e seguros (Muito bem. Apresentou a ação). Sendo assim, isso deverá ser feito com o acompanhamento de ginecologistas e obstetras que entendam do assunto, aparatos médicos precisos, diálogo com a grávida e palestras de capacitação e conscientização ao corpo hospitalar, de modo a enfatizar o quanto o respeito e as instruções são válidas. Desse modo, a finalidade dessas medidas será promover a garantia dos direitos e do bem-estar da mãe e do bebê. Com isso, a previsão da Carta Magna será efetivada na nação.

Comentários do corretor


Lembre-se: há um limite de 30 linhas para desenvolver as discussões. Ótimas ideias, no entanto precisam ser delimitadas. Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita. 


Competências avaliadas


Competência Nota Motivo
Domínio da modalidade escrita formal 160 Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita.
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa 160 Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista 160 Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista.
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação 200 Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos 160 Nível 4 - Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
NOTA FINAL:     840


Veja abaixo a nota relacionada a cada nível
Nível 0 Nota 0
Nível 1 Nota 40
Nível 2 Nota 80
Nível 3 Nota 120
Nível 4 Nota 160
Nível 5 Nota 200