N.A Preconceito Amarelo - Banco de redações


Preconceito amarelo

Enviada em: 20/06/2021

Status:

Corrigida
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Segundo o pensamento de Claude Lévi Strauss, a interpretação adequada do coletivo ocorre através de forças que estruturam a sociedade, como os eventos históricos e as relações sociais. Esse panorama auxilia na análise da questão do preconceito enfrentado por amarelos no Brasil, visto que a comunidade, historicamente, marginaliza esta etnia, ação que promove a exclusão destes indivíduos através de ondas preconceituosas e negacionistas, além da inércia reivindicativa, que se cala perante a manifestações e acontecimentos injustos para com esta minoria, dificultando o seu pleno convívio no corpo social e nas interações humanas. Diante desta perspectiva, cabe avaliar os fatores históricos que favoreceram o cenário atual, além de como o silenciamento social interfere na inserção desse sujeito. (Muito bem. Contextualizou o tema e formulou a tese)

(Boa estratégia coesiva) É indubitável, nesse contexto, que o histórico do país influi decisivamente na consolidação do problema. A opressão a asiáticos iniciou-se antes mesmo da chegada do Kassato Maru – primeiro navio de imigrantes a desembarcar no Brasil – (Ponto final) Houve debates de políticos e intelectuais sobre a permanência do fluxo imigratório de amarelos, afinal, o discurso de branqueamento da população, (Sem vírgula) exercia significativa força na época, fator que, (Sem vírgula) favorecia a entrada de europeus, construindo a imagem de chineses e japoneses como perigosos e cheios de vícios. Nessa perspectiva, pode-se afirmar que o preconceito e intolerância a este grupo, (Sem vírgula)  possui raízes históricas, que perpetuam no âmbito hodierno, colocando, desse modo, esta camada defronte a comentários mal-intencionados e hostis, ato este, (Sem vírgula) que negligencia o documento de maior valor hierárquico do país – a Carta Magna – que garante, em tese, o bem de todos, sem preconceitos de origem. Diante do pressuposto, cabe ao Estado virar esta página da história nacional e efetivar, de fato, o direito à liberdade a todos. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Ademais, ressalte-se que a omissão social também configura-se como um entrave no que tange aos ataques direcionados a esta minoria. A filósofa Hannah Arendt (Vírgula) em “Banalidades do Mal” (Vírgula) refletiu sobre o processo de massificação da sociedade, o qual, (Sem vírgula) forma os indivíduos incapazes de realizar julgamentos morais, tornando-se alienados e aceitando as situações impostas sem questionar. O pensamento da Filosofia  filósofa está ligado ao processo de alienação da sociedade brasileira, no qual, (Sem vírgula) os sujeitos se calam em situações que prejudicam grupos menos favorecidos, neste caso, os amarelos, que são vítimas de comportamentos nocivos diários e, lamentavelmente, não recebem o apoio populacional adequado. Sob esse viés, faz-se imperioso um maior posicionamento dos cidadãos contra a destilação de ódio discutido, para que, dessa forma, a harmonia social seja estabelecida. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Torna-se evidente, portanto, que os caminhos para o combate à problemática no país apresentam entraves que precisam ser revertidos. Para este fim, o Poder Executivo (Vírgula) via Ministério da Educação – órgão responsável pelo sistema educacional brasileiro – entrelaçado com a iniciativa privada, deve promover palestras nas escolas, a fim de apresentar as respeitáveis realizações dos povos asiáticos na construção da identidade nacional e desmistificar estereótipos – através de professores da disciplina de Sociologia e especialistas no assunto – que estão presentes há décadas. Além disso, também é responsabilidade destes agentes usufruírem de mecanismos – como as redes sociais interativas – que propaguem a importância da discussão da problemática em questão e a falha populacional exercida quando a negligenciam. Talvez, assim, seja possível interpretar o Brasil de forma mais favorável sob a ótica de Claude Lévi Strauss.

Comentários do corretor


Lembre-se: há um limite de 30 linhas para desenvolver o texto. As discussões são pertinentes, no entanto precisam ser delimitadas. Mantenha os aspectos positivos. Não deixe de exercitar a sua escrita. 


Competências avaliadas


Competência Nota Motivo
Domínio da modalidade escrita formal 160 Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita.
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa 200 Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista 160 Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista.
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação 200 Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos 200 Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
NOTA FINAL:     920


Veja abaixo a nota relacionada a cada nível
Nível 0 Nota 0
Nível 1 Nota 40
Nível 2 Nota 80
Nível 3 Nota 120
Nível 4 Nota 160
Nível 5 Nota 200