Tribunal do ódio - Banco de redações

A anulação de pensamentos feita pelo “tribunal da internet” possui relação com a onda de polarização da contemporaneidade? Sim, pois o desrespeito constante a pontos de vista diferentes demonstra a ausência de empatia entre cidadãos, acentuando a segregação intelectual e o rompimento do debate entre “opostos”. Nessa conjuntura, é de suma importância refletir sobre a cultura do cancelamento, visto que essa é a maior demonstração de ódio e violência presente de forma massificada na comunicação “online”. (Melhore a contextualização do tema)

(Boa estratégia coesiva) Em primeira análise, percebe-se que a cultura do cancelamento possui diversos aspectos, como a concepção errônea da ineficácia legal nas redes sociais, pois tal equívoco estimula a prática da “justiça com as próprias mãos”, fenômeno punitivista e ineficiente, o qual acaba por impedir o debate e a apuração real das responsabilidades, podendo gerar arbitrariedades capazes de destruir a vida de um cidadão. Tal percepção do papel incorreto do “tribunal da internet” pode ser associada à análise de Caren Ruotti, a qual afirma que os muitos “falsos justiceiros” apenas reproduzem a violência, o ódio e a injustiça social, criando um isolamento negativo de determinadas visões de mundo, impedindo o intercâmbio de ideias e a aplicação de uma pena restaurativa, caso seja necessária (Melhore a apresentação dessa discussão). Sendo assim, para propiciar uma mudança no “zeitgeist” da anulação de pensamentos, faz-se necessária a investigação midiática com o intuito de produzir uma obra de ficção engajada capaz de conscientizar efetivamente a massa. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Ademais, faz-se imperioso salientar uma terrível consequência da cultura do cancelamento, a qual está ligada ao silenciamento de atores sociais defensores de ideias impopulares, fato que demonstra plenamente um desrespeito aos direitos de liberdade de expressão e pensamento, impedindo o exercício de uma cidadania participativa através do debate. Diante de tal fato, é possível estabelecer uma relação com a teoria de Voltaire, o qual afirma que o respeito a posicionamentos diferentes, totalmente ignorado pelo injusto “tribunal da internet” é um dever da humanidade, sendo obrigação de todos defender a civilidade diante de possíveis divergências. Nesse diapasão, em que pese a teoria acima referida, pode-se afirmar que o ensino libertador adequado às tecnologias de informação é uma peça importante para a existência de uma sociedade menos autoritária e julgadora nas redes. (Delimite as discussões)

​​​​​​​(Boa estratégia coesiva) Diante dos argumentos supracitados, é oportuno inferir que o reconhecimento da cultura do cancelamento como disseminadora de ódio e violência é de suma importância para a construção de uma sociedade menos polarizada. Em face do argumentado, faz-se indispensável a ação da mídia competente, (Muito bem. Apresentou o agente) através da produção de obras engajadas em horário nobre, com o intuito de conscientizar a população sobre a vida de um “anulado”, gerando maior comoção e empatia nos cidadãos e, por conseguinte, diminuindo os julgamentos do “tribunal da internet”. Além disso, o MEC (Desenvolva a sigla) deve organizar um projeto pedagógico destinado ao ensino básico sobre os direitos em ambiente virtual, propiciando uma formação crítica e contestadora, responsável por preservar o cumprimento da liberdade de expressão nas redes sociais. Destarte, será possível observar mais debate e menos segregação intelectual. (Muito bem. Apresentou a proposta de intervenção)