Cultura do cancelamento: a expressão da violência no mundo virtual - Banco de redações

A violência no século XXI está cada vez mais disseminada na sociedade e nas suas partes constituintes, qual seja, (Sem vírgula) as instituições, grupos sociais, imprensa, etc. Diante disso, pode-se afirmar que a violência está se tornado aos poucos o novo imperativo das relações sociais. A cultura do cancelamento nas redes sociais é um reflexo dentre muitos desse novo imperativo social, que almeja a vedação do debate público ou intelectual via execração, linchamento virtual ou até constrangimento público. Tal conduta, portanto, é um sintoma parcial de um problema que cada vez mais se agrava: a coerção ideológica via violência e suas manifestações. (Boa. Contextualizou o tema e formule a tese)

(Boa estratégia coesiva) Deve-se apontar, primeiramente, que a cultura do cancelamento emerge de indivíduos que, incapazes de qualquer aprofundamento intelectual sobre questões sérias ou sensíveis, ou mesmo de ponderação de suas avaliações, assumem-se como algozes no anonimato virtual e tribal de determinados grupos ou movimentos sociais. Tal comportamento, já no século XX, foi apontado por intelectuais como Michael Oakeshott, teorizando que tais indivíduos, ao reconhecerem sua superioridade numérica, agregam-se para assumirem uma identidade coercitiva. Logo, ao verem seus dogmas sofrerem qualquer desvio, apelam para o ostracismo, isto é, o “cancelamento”. Isso fica evidente quando qualquer debate que envolva temas controversos no âmbito do racismo, grupos LGBTs (Desenvolva a sigla), violência contra a mulher, etc., é blindado ao se enveredar em questões e temas que fogem as predeterminações dos grupos ideológicos que praticam o cancelamento. (Delimite as discussões)

(Melhore a estratégia coesiva) O comportamento de massa também contribui para essas manifestações ideológicas coercitivas que levam à ao cancelamento. Tais indivíduos apontados por Oakeshott, (Sem vírgula) não possuem pensamento, mas sentimentos; impulsos, ao invés de opiniões. Isso os leva, conforme o autor, a transformarem-se em homens-massa, ou seja, indivíduos sem escolhas ou opiniões fundamentadas, guiados pelas emoções da maioria, ou mesmo por uma liderança carismática (Melhore a apresentação dessa discussão). Portanto, ao se associar com outros indivíduos no anonimato para o cancelamento, isto é, a punição pública via plataformas virtuais, ocorre a diluição de certos controles pessoais, como avaliação, autoavaliação e ponderação de opiniões e fatos, levando a discursos inflamatórios e acusações coordenadas a pessoa que está sob ataque. (Delimite as discussões)

(Boa estratégia coesiva) Logo, é possível alegar que o cerceamento ideológico sobre temas e questões (Vírgula) fomentado por alguns grupos sociais (Vírgula) leva à cultura do cancelamento. Dessa forma, cabe as ONGs (Desenvolva a sigla), ao Estado e as universidades (Boa. Apresentou o agente) promover nos seus núcleos debates sobre os riscos que a cultura do cancelamento leva à liberdade de pensamento e a outros mecanismos democráticos, por meio de ações educativas, fomentando a diversidade de opiniões e de correntes de pensamentos no debate público ou intelectual. Ademais, os diversos grupos sociais que representam minorias, (Sem vírgula) devem estar atentos para que suas ações e posicionamentos não levem alienação ideológica e ao empobrecimento no debate, promovendo uma literatura política, econômica e social diversificada, afim  a fim de não só expandir os horizontes dos problemas e das soluções sobre os temas, mas para a formação de indivíduos responsáveis, que almejam os ajustes mais práticos no debate e choque de interesses. (Muito bem. Apresentou a proposta de intervenção)