Até que ponto é válida a cultura do cancelamento? - Banco de redações

Definida como um boicote realizado nas redes sociais às personalidades que cometeram atos ou falas preconceituosas e ofensivas, a cultura do cancelamento teve seu início com a repercussão do movimento #MeToo, em defesa dos crimes de assédio sexual em mulheres. Entretanto, a frequência da utilização do ato de “cancelar” aplicado em pessoas que postaram algo inadequado por ignorância ou apenas se posicionaram em um momento errôneo sobre determinado tema desvinculou-se do objetivo inicial do cancelamento de atingir os privilegiados por estruturas de poder e puni-los de forma pública por alguma injustiça cometida, tornando-se um pretexto para práticas maldosas de linchamento virtual. (Excelente! Contextualizou o tema. No entanto, não formulou a tese)

(Melhore a estratégia coesiva) Embora o alcance oferecido pelas redes sociais tenha possibilitado às minorias, sejam mulheres, negros ou pertencentes a comunidade LGBT+ (Desenvolva a sigla), maiores oportunidades para se manifestarem e lutarem por seus direitos, a não manifestação de opiniões é vista com maus olhos pelos internautas mais engajados, os quais se sentem no direito de julgar e “cancelar” pessoas em nome das boas virtudes e do que estes consideram moralmente correto, sem ao menos considerar critérios mais aprofundados. (Abordagem superficial do tema)

(Boa estratégia coesiva) Além disso, observa-se que a cultura do cancelamento trata de maneira rasa os problemas abordados, visto que a velocidade de informação encontrada nas redes sociais muda rapidamente os assuntos, deixando de solucionar os casos em sua profundidade (Melhore a apresentação dessa discussão). Ademais, é notório que, quando os “cancelados” são celebridades, ocorre uma inversão dos objetivos principais do cancelamento, tendo o cancelado uma maior visibilidade e, posteriormente, aumento de seguidores, ao invés da punição pelos seus atos. (Abordagem superficial do tema)

(Boa estratégia coesiva) Dessa forma, cabe ao Ministério da Educação (Boa. Apresentou o agente), em parceria com a mídia, criar campanhas de conscientização quantos aos danos causados pela exposição nas redes sociais, como forma de mobilizar a sociedade a ter mais empatia quanto às diversidades sociais, culturais e intelectuais. Cabe também ao Ministério Público (Boa. Apresentou outro agente) investigar profundamente as manifestações apresentadas pela cultura do cancelamento, a fim de garantir justiça tanto aos manifestantes que estejam praticando uma luta correta, quanto às vítimas que foram “canceladas” erroneamente e tiveram suas vidas prejudicadas. (Muito bem. Apresentou a proposta de intervenção)